sábado, 25 de dezembro de 2010

2010

Parece que minha vida aconteceu em 2010. Mas a contenda foi só a consciência sobre ela.

Foi tudo o que tinha que ser. Tudo certo. Nem mais nem menos.
E nesse momento de lembranças, balanços, reflexões e agradecimentos, reconheço minhas escolhas e tudo que veio com elas.

Pessoas que entraram, sairam e ficaram. Pessoas que redescobri, que conheci e esqueci. Momentos de turbilhão e paisana.

Dentro do meu ninho, envolta pela minha família, me vi acolhida, cuidada e amada. Relembro o amor que tenho por cada um e o orgulho por fazer parte. Família que considero, que tenho e que almejo contemporizar. Real porto seguro.

E a 2010, que até nos seus últimos suspiros me trouxe provações e apontou limites, brindo com saudade e esperança, essa que vem com todos os finais e assim, começos.

Bem vindo 2011!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O colar

No meu pescoço, ele me acompanha. Nunca me deixa, desde aquele dia.

Ele é você. Ele representa você porque sempre foi seu, mesmo sem nunca ter estado em suas mãos. Foi pensado em você, imaginando o seu sorriso.

Ele tem o meu amor. E simboliza o que sinto por você, tudo o que desejei, planejei, sonhei. Ele é tudo o que seria se o mundo fosse como eu imaginava.

O colar é minha maneira de te levar comigo. É a expressão da sua presença no meu coração, sempre e pra sempre.

É uma pessoa, é um sentimento, é uma dor e é um conforto.

É meu sendo seu. E assim estou com você, mesmo quando distante.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Como seria?


Como queria que se visse com meus olhos... Mágico.

Como queria que se ouvisse com meus ouvidos... Arrebatador.

Como queria que se sentisse como te sinto... Amor.

Como queria que adormecesse nos meus braços... Pra sempre!


terça-feira, 30 de novembro de 2010

Boa Noite, dia!? Bom dia, noite!

Uma vez acordei no seu sonho.

E, no seu sonho, eu estava em seus braços e você me amava e desejava como nunca quis alguém. Você me contemplava, me admirava e nos perdíamos nesse olhar.

A gente conversava, ria, se divertia. A gente brincava, dançava... A gente era feliz.

No seu sonho a gente viajava pelas estradas e andava pelas ruas com aquele sorriso orgulhoso por ter encontrado o amor.

No seu sonho a gente ia à praia, cinemas e bares. A gente fazia nada. E você achava engraçado como eu sorria, movia e te ouvia.

E aí a noite se foi e eu adormeci no seu sonho.


Acordei na realidade e voltei a ser invisível pra você, outra vez.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ilusión

Julieta Venegas e Marisa Monte

Uma vez eu tive uma ilusão
E não soube o que fazer
Não soube o que fazer
Com ela
Não soube o que fazer
E ela se foi
Porque eu a deixei
Por que eu a deixei?
Não sei
Eu só sei que ela se foi

Mi corazón desde entonces
La llora diario
No portão
Por ella no supe que hacer
y se me fue
Porque la deje
¿Por que la deje?
No sé
Solo sé que se me fue

Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque não me deixei tentar
Vivê-la feliz

É a ilusão de que volte
O que me faça feliz
Faça viver

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Under the Bridge - Red Hot Chili Peppers

Under the Bridge - tradução

Às vezes eu sinto que não tenho um parceiro
Às vezes eu sinto como se fosse meu único amigo
Será a cidade em que vivo, a cidade dos anjos?
Sozinho eu estou, juntos nós choramos

Eu dirijo em suas ruas pois ela é minha companhia
Eu ando pelas suas colinas pois ela sabe quem eu sou
Ela vê meus feitos bons e ela me beija com o vento
Eu nunca me preocupo, agora que é uma mentira

Bem, eu não quero nunca me sentir
Como me senti naquele dia
Me leve ao lugar que amo
Me leve embora

É difícil acreditar Que não há ninguém lá fora
É difícil acreditar Que estou totalmente só
Pelo menos tenho seu amor, A cidade me ama
Sozinho como estou, Juntos nós choramos

Eu não quero me sentir Como me senti naquele dia
Me leve ao lugar que amo Me leve embora
Eu não quero me sentir Como me senti naquele dia
Me leve ao lugar que amo Me leve embora yeah, yeah, yeah
oh no, no, no, yeah, yeah
love me, I say, yeah yeah

Aquarela

Na dança dos anjos, uma gota desfez essa aquarela, e eles se mostraram pombas.
Num sopro, fiquei sem ar e meus pés já não alcançam mais o chão.
A luz que tinha se rescindiu num borrão. Se fez clarão cortando toda ilusão. Tantos sonhos em vão.
Me vi só. Um azul só.
Amor ladrão. Amor bandido. Levou quimera e deixou, dor. Sem cor. Ardor.
Amor banido. Amor despido.

Pagai o mal com o bem, porque o amor é vitorioso no ataque e invulnerável na defesa.Desconhecido.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Busca

Hoje li que “São os sentimentos e não o intelecto que determinam as opiniões”, escrito por Herbert Spencer...

Por um longo tempo não entendi isso (nem cogitava essa possibilidade). Há um tempo vivi isso. Hoje questiono.

Hoje ouvi que “Fool me once, shame on you.... Fool me twice, shame on me.

Por muito tempo não permiti isso. Há um tempo testei. Hoje provei e questiono.

A dor é nossa mesmo que não a tenhamos causado. Somos responsáveis por tudo que cativamos, certo?
Mas a essência é singular e intransponível, e por mais que nos façam, não nos tornam. Pelo menos devia ser assim, prevalecer nosso cerne. Isso é equilíbrio.

E se é o equilíbrio (que tantos buscam, poucos tem e todos querem) a comunhão da emoção, intelecto, espírito e corpo, não há determinantes, certo? E se não há, porque é tão difícil?

Porque ainda nos colocamos a optar por fazer o que pensamos ser o certo ou o que sentimos? Porque o coração não se redime e abstêm depois dos erros? E porque a mente ainda se culpa ao tentar sufocar os sentimentos, mesmo certa de si? E porque nossa razão não se permite sentir mesmo quando não consegue se convencer?

Vida louca, louca vida.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Anjos ou Demônios

Hoje ouvi sobre a fidelidade, e refleti...

Que ela só acontece quando nos sentimos genuinamente plenos numa relação, quando reconhecemos o verdadeiro valor do outro, e, assim nos tornamos naturalmente fiéis, sem dificuldade, como um valor, não uma busca.

Acontece quando encontramos, reconhecemos, nos permitimos e vivenciamos um amor íntegro, limpo, real, explícito, leal.

E quando vem, é mesmo inabalável. Não há ferida que a corrompa. Não há beleza que a desvie. Não há moral que a conquiste. Há apenas fé que a questione, mas perde.

O poder do amor que transforma. Damos voltas e voltas, mas no fim, caímos nele... ou melhor, voltamos pra ele.
“Os anjos o chamam de alegria celeste, os demônios o chamam de sofrimento infernal, os homens o chamam de amor.” - Desconhecido

Vão

Num gole, uma visão. Num sopro a desilusão.
Não foi o que pedi, então?
Mas que dor traz pro coração.
Abrir a Mente e Ocultar a Razão? ou Tornar Racional o Amor Incondicional e Raro?
Jóia rara. Jóia cara.

A ironia é uma verdade disfarçada ou uma mentira mal contada?
Que ironia é a vida... Que tudo que traz, tira.
E você que apenas sorria sem dizer quem era, o que é, o que quer.

Você que é luz me traz à escuridão.
Momento de ressurreição.
Sobre o que escreveremos então se a sensação é que tudo é vão?

CARPE XXI - O gole

Uma das experiências mais loucas, se não a mais, que já vivi.
Uma conexão com o todo e o indivíduo. Com minha mente e inconsciente. Corpo e alma.
Muitas cores, música, movimento e energia.
Forte, muito forte.
Assim foi, pra mim, o ayahuasca.

Imagens psicodélicas.
Repetições de movimentos e ciclos, mistura do real e imaginário, questionamentos e desconfianças, a personificação da minha mente e movimentos na vida.
Limpeza da alma de uma maneira íntegra e numa profundidade inimaginável.
Foi como tinha que ser. Desde o começo. Intenso, claro...rs

Um momento de desespero. Medo, muito medo. Descontrole com limites. Sensação de prisão e fim. Mas quando passa, não uma luz, mas um clarão te abraça e te traz a lucidez de uma vida! Alguma novidade? Sim e não. Sim, sabia de alguns pontos, mas não fazia idéia da sua intensidade e movimento. É se ler sem se quer si ver. Não foi preciso imagens e exemplos de atitudes, mas num mesmo movimento entendi todo ciclo da minha vida, eu o vivenciei sem experimentar.

Foi tudo que pedi. Que visse o que tivesse que ver. Que me abrisse e recebesse o que fosse para me libertar... e veio.

E então, começamos... De volta já recebendo o que tanto pedi. A verdade, limpeza, quebras e libertação. Medo do que então? O novo, de novo.
E esse foi meu CarpeXXI - Purificação e visão.

sábado, 6 de novembro de 2010

CARPE XX - Let it be!


Uma das coisas que mais me dão prazer é viajar.

Conhecer pessoas, lugares, vistas, cheiros, cores, climas, energias, culturas, linguagens...Ter ou não horários e programações, saber onde ir, o que conhecer ou ir descobrindo aos poucos, vivenciando.



Outro prazer é me cercar de pessoas, principalmente as que amo. Compartilhar momentos, idéias, visões, sentimentos, sensações, conhecimentos...

O CARPE, dessa vez, foi unir essas duas paixões.

Um feriado, 4 dias no Rio de Janeiro. Expectativas diferentes. Costumes, jeitos, maneiras, saudades, sonhos, conhecimentos peculiares... Éramos todos diferentes mas dispostos a nos divertir e desfrutar daquela experiência. É, querer é poder. Assim, articulando nossos desejos e vontades, respeitando o limiar do que era nosso e o que era do outro, com tolerância, muito carinho e amor, fizemos essa deliciosa viagem!

Agregamos o que tínhamos de melhor de cada um. Nos demos, e fizemos. Nos aproximamos. Nos vimos, ouvimos e rimos. Nos divertimos na simplicidade de apenas estarmos juntos.

Foi o que foi. Fizemos o que deu. E rimos, como rimos!

Comigo estavam algumas poucas lembranças de várias pessoas, e as vezes muitas de só uma. Saudade do que já vivi e ainda estaria por vir. Vontade de ter tudo ali, comigo, e de certa forma tinha.

Au revoir, bon vivants!

CARPE XX - Hoje as diferenças me interessam muito mais que a igualdade. Let it be *Little Miss Sunshine.*

Claro, não podia faltar: Pérolas!
- Nós paradas pela "poliça" entrando na Serra do Rio de Janeiro e o esperto (GATO, mas esperto) do "policiaman" solta: "- Vocês estão indo pro Rio?" ... Não! Floripa, tá perto? Kkkk
- Tati tirando uma dúvida pertinente: “mas tem segundo turno aqui no Rio? Como iremos votar?”
- Bora calibra, meu chapa!? - A super gíria de mano da Tati incrementada pela Vanessa tentando dar um toque de carioquês.
- Fexa a pota! Td certo? Tá tranquilo? - Novo vídeo do Youtube que acompanhou nossas tiradinhas nesse fds!(http://www.youtube.com/watch?v=mHhlyMjUeg0&feature=related)
- Nós jogando peteca aguardando a Ju e o carioca irem nos buscar quando um carro se aproxima e sem vermos direito, discutindo se eram ou não eles, deduzimos que sim e eu e a Vane, mega empolgadas, damos tchau, mandamos joinha, pulamos... a Tati no humor matinal manda: não são eles, olha a placa.
- Critério seletivo para trabalhar no Rio de janeiro: Chamar-se Priscila! A mocinha da entrada que entrega o cartão do carro no carrefour, a excelente prestadora de serviço no caixa do Carrefour, a caixa mega bem humorada do bar... E lógico, saindo do Carrefour entregando o cartãozinho do carro para o CARA, eu tinha que soltar “- Obrigada e bom dia, Priscila!” kkkk
- O Boneco de Olinda... (Vanessa tentando sair de um bolinho de 4 caras, com seus dedinhos apurados, pareceu um Boneco de Olinda dançando aquele sambinha que estava tocando)
- O tombo da Tati na escada da balada... MERDA! Todos nós perdemos! Ficamos só com o ônus do evento (imaginem o bom humor a cada sentada...rs)
- Amarelinho, amarelinho, amarelinho... Perseguição ao mocinho de amarelo durante as 5 horas de balada... Bom, mas valeu pra algo...rs
- O cara chega “junto” e manda: “- E tu? Agora desenvolve”. / ???? COMO? O QUE? / E ele responde: “-Isso, já puxei assunto, agora vocês desenvolvem”... Ai ai... Imaginem como se desenvolveu isso né...
- A Ju irada apontando o dedo pra cima quando sentiu uns respingos na sua cabeça... Detalhe: éramos nós tentando chamar sua atenção pra ela subir e ficar com a gente.
- A mina mega empolgada dançando no andar de cima só que de vestido curto!!! Os caras lá em baixo tirando até foto da cena bizaaaarra! Rsrs... tadinha...
- O gringo albino, da Albinia, dançando imitando o músico do chocalho... isso quando não tentava acompanhar os pacinhos da Tati.
- Eu apostando com a Tati se “aquilo era traveco” quando a Vanessa resume com a frase: “claro que é, olha o gogó”. Kkkk.... Agora entendo o Ronaldinho, ele não conhecia a teoria e nem a Vanessa...
- Se salgadinho é biscoito e biscoito não é só bolacha, como é o salgado que chamam de salgadinho? Agora imaginem tudo isso na cabeça da Vanessa, pedindo informação e fazendo mímica!
- Vanessa PUTA com os motoristas cariocas resume e lança a teoria que os rege: “Aqui é a Lei do Eu Primeiro” (ela estava tentando falar da “Lei da Vantagem”, mas valeu também)!
- "Vocês tem mó xtilo" (tradução: estilo) o Taxista carioca querendo mesmo dizer que éramos meio estranhas!
- Nós zuando o "Fecha a pota" e o mesmo taxista trancou as portas!
- A Tati explicando o caminho pro taxista para pegar a via local e não a expressa quando se dá conta que no Rio eles chamam de outro nome e pergunta qual é e ele explica que é a aparadora. A Vane entende "a paradona" e fica repetindo até que ele a corrige e ela solta: “Ah! Tinha mesmo entendido isso porque ela é mó lenta! Pq não chama isso? É bem melhor”... e por ai vai...
- A Ju comprando “tapioca” que na verdade era “cuscuz” e o carioca, saindo do mar e vendo a cena, fica puto com ela porque “não se come isso na praia”, ela se justificando, a Vane querendo jogar truco, eu irritadíssima com o toque do celular que não parava ali do lado e a Tati babando na cadeira, pedindo pra ser zuada... Um dia na praia...
- Não nos perdemos nenhuma vez dirigindo de lá pra cá! Somos suuuuper cariocas!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Só Ser

Sair e ser Má. Ficar e ser Marina.
Sair e compartilhar. Ficar e ser sozinha.
Sair e vagar. Ficar e me libertar.
Na busca de consistência, nada sacia. Na fuga de uma vida sozinha, protejo-me na solidão.
Com medo de ferir, firo. Na ânsia de viver, existo.
Abaixar as armas e escudos para enfim receber. Dor ou calor.

Com fé na vida, viver.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

TEMO

Arrumei meu quarto. De uma certa forma, minha vida está lá. Cada detalhe traz uma lembrança. Arrumá-lo foi um resgate. Lembrar o que fui me trouxe o que sou e abriu para o que quero ser. O que mudou?

Uma certa angústia ao ver uma carta de 2003 com “new year’s resolutions” para 2004 e me dar conta que em quase 2011 ainda almejo as mesmas coisas...

Parei no tempo? Não conquisto o que quero ou quero tantas que não conquisto nenhuma? Me falta foco ou perseverança? Não alcancei, tive e perdi ou não considero o que consegui? Me falta reconhecer ou realmente querer? Ou tenho medo de conseguir?
Queremos tanto uma coisa que nos boicotamos com medo do dia que a tivermos nas mãos, pois não mais saberemos quem somos. Sinto que vivemos devorados pela necessidade de sermos amados, mas no fundo temos medo da insegurança de amar. TEAMO.

A sensação de ter existido e não vivido. Saudade do que se foi e até do que não vivi. Saudade da ingenuidade e ignorância que me deixavam dormir sem o peso das responsabilidades. Assumi-las é tomar posse do poder sob nossas vidas e isso tira o sono. Trava as costas. rs

Claro que ele me veio em mente trazendo a memória de uma fase que vivi em plena alegria. Felicidade que tive comigo e não sei por que delego esse poder a ele. O Amor era de encantamento, mas me enganei quanto ao protagonista. Achei que era por ele e na verdade era por mim... O fato é que apesar de ter(mos) andado naquela estrada com deleite, não conheci o caminho. Reconheço algumas curvas, mas vivo saindo da estrada... Com ele, perdi o mapa.

Hoje, meu amor é outro. Se é diferente daquele? Sim e não. Sim na essência, mas não na ausência. É maduro, é terno, é generoso, é compassivo... Mas esse está no outro. E é incompleto. Recíproco mas não inteiro. E dessa estrada meu amigo, perdi o mapa da saída. E quando acho que estou na beira do abismo, e mesmo sendo abismo me tirará dela, o TE(A)MOR me traz de volta.

E agora José? Sair dessa estrada e tentar algo novo com a possibilidade da felicidade que tanto busco, ou permanecer na conhecida, mas não preenchida, felicidade na esperança de uma possibilidade? A segunda já tenho tentado...

Hoje, clarificada pelo olhar de um filme (“O Segredo dos Seus Olhos”, recomendo!), sei bem o que quero. Posso passar a vida buscando e até não encontrar nessa... mas hoje sei o que é esse vazio que tanto preencho com nada.

Vejo uma estrada amarela. Por essa ainda não andei...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Matchuca

Machuca. Como machuca. Um pensamento de relance advindo da memória de algumas palavras, alimentado por alguns sinais e sedimentado pelos fatos estampados na sua cara.
Não tem mais como continuar com os óculos cor-de-rosa. Chegou a hora de encarar o que lhe cabe e decidir. Se libertar, desconstruir para poder fluir. Abrir mão do que te motiva, alimenta e faz sorrir... Abrir mão de uma crença... Abrir mão desse doce que te inebria, mas que também engorda. Nem tudo que reluz é ouro. E o que não engorda, mata. Amor ou vício.

Mais de ti ou seu fim? Como, se já faz parte de mim, está aqui? Como apagar essa tatuagem na alma, cicatriz no peito, marca nas atitudes, vestígio nos pensamentos, estigma na vida?

Mais ou menos. Tudo ou nada. Começo ou fim.

Seguir uma estrada quando não está dirigindo. Aceita ou desce?

sábado, 2 de outubro de 2010

Três vezes amor

Sabe quando você acha que tá na crista da onda e de repente essa onda te engole?

Pode não ser seu relacionamento ideal, nem o meu, mas quando o construímos juntos, tornou-se.
Numa tarde, numa noite e numa madrugada que seguiam seu cotidiano e podiam ter sido quaisquer, se tornaram três vezes amor.
Num sopro, num sussurro e num grito. Três vezes amor.


Coração acalentado. Será sempre você. Também amo você. Manhã, tarde e noite.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Desvirgindade de Amelie

O corpo fica pesado, como se atropelado. Não ouve toque, não ouve contato, mas a sensação é de um “estupro do espaço”, uma invasão que torna o material supérfluo e o emocional o objeto.
Por um instante te falta o ar. Olha ao redor e lhe vem à tona sua impotência perante a vida. Sua vida.

Impotente ao que lhe acontece, aos que te cercam ao que lhe vem e ao que lhe levam. Quando, como e onde será, jamais saberemos por certo. Mas, se nos abrimos para perceber as nuances, respeitamos nosso faro instintivo, validamos os sinais, e aceitamos o que nos cabe de coração aberto, sem julgamento, genuinamente, buscando não só entender mas sentir o que é teu nesse momento, nos tornamos então donos da nossa impotência. Porque de tudo tira-se algo. Se você quiser.

E de repente me vejo agradecendo pelo pequeno mal, já que foi menor. Imagino que isso me protegeu de algo muito pior, e se pudesse abraçaria o mal feitor pelo bem que me foi feito. Agradeço a mensagem passada e a experiência vivida. E quando me privo do mal, quando respeito os sinais e me poupo, não tiro nada pois nem vejo. Agradeçamos então o que nos vem, diariamente, seja o que for..."

domingo, 26 de setembro de 2010

Sinta a Liga - O primeiro


25, 27, 29 e 33... Iniciamos o “Sinta a Liga”. Mais que um projeto, um encontro, ou uma idéia, é um momento entre amigas. Sim, homem não entra. Ok, só fisicamente, pois confesso que dominam os assuntos...
Depois de meses ensaiando, planejando, elaborando e cogitando, marcamos a data: 25 de setembro de 2010. E mesmo com encontros e contratempos, lá estávamos nós: das sete, quatro; mirando os fogos, bebendo, comendo, rindo, expondo e lógico, cornetando!!!

Dos assuntos, os mais diversos: astrologia, nomes, amizade e... Ah! As vacas. rs

Foi definitivamente um delicioso início de muitos que virão! Repleto de tudo, como toda mulher! – Sinta a Liga

Para recordar, algumas pérolas:
- “O cara era feio com força” (É, imagino que não era dos mais gatinhos)
- “Do you think that a drunk ass has no owner?”(Clau contando um causo de Londres e nós traduzindo a idéia)
- “Bom, deixa eu continuar minha história” – “Ahmmmm ta!” (Vane respondendo super querendo ouvir o resto do causo)
- “Ai, é ao contrário...” (Tati tentando acender o isqueiro pela parte que sai o fogo...)
- "Ô ô ô ô nega.." (Tati TENTANDO me chamar)
- “Eu vou continuar Eliana!" (kkk.. melhor não detalhar...)
- “Eu beba e fuma e mata o português” (Tati tentando se desculpar pelos erros de português num verdadeiro genocídio)
- “Meu, o sangue já corre na minha veia” (Ainda bem, né... rs... Eu me referindo ao álcool, mas...)
- "Primeiro SL, Uma down!" (brilhante constatação da Tati)


Uma troca onde no outro encontramos mais de nós mesmos!!!

See you next month!!! Thanks for this lovely moment! Love you all!




quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O que + Como + Por que = Seu Propósito

Ontem me perguntaram sobre meu Propósito de Vida.
Pra que me levanto? E quem se importa com isso?

Bom... e então começaram...

Se perguntam “O que você faz”? Você sabe responder: sua profissão o coloca no mapa. Te torna aceito pelo seu meio e é de senso comum. Mas...

Se perguntam “Quem é você”? Já não é tão fácil assim, mas podemos nos associar a nosso cargo na empresa, profissão, sobrenome, personalidade, signo, meio... Somos o que fazemos + como fazemos. Como fazemos define nossos valores, do que não abrimos mão, nossos princípios. E quem sabe como você faz o que faz? Sua família, seus amigos, seus colegas de trabalho, clientes...? Quem te assiste, acompanha e sabe como age, como é? Mas...

Se perguntam “por que faz o que faz da maneira que faz”?... Aí sim, chegamos na nossa essência, nossa alma, nossa melhor parte! O que te motiva? Porque sai da cama? Qual seu propósito de vida?

E ter propósito não significa ser missionário, Madre Tereza, ou fazer algo grandioso e generoso... É apenas o seu por que!

Sim, e para chegarmos nessa resposta, precisamos lembrar que no nosso Propósito estão nossos medos, mas não necessariamente nossos medos estão no nosso propósito...

Ah! Medos... todos nós, sem exceção, em maior ou menor escala, temos 3: Medo do abandono/ da rejeição; Medo de não ser amado; Medo de não poder confiar/contar com alguém.

Assim, tudo o que fazemos, como fazemos e porque fazemos são para nos proteger de nossos medos... que podem até se “materializar”, ou melhor, ser externalizado como medo de escuro, altura, animais, lugares fechados, se relacionar.........

Nossos medos só nos atrapalham quando se tornam nossa motivação, nosso propósito, ou seja, quando passamos a viver fugindo, com medo dos nossos medos, de acessá-los e confrontá-los. Eles devem ser vistos, reconhecidos e aceitos para conseguirmos viver nosso propósito.

Se o seu propósito tiver mais valor do que a opinião dos outros, é porque realmente encontrou seu propósito. Sobreviveu aos seus medos. Fez por ti. Quando vive para outro não só não encontrou seu propósito como se perdeu de você.

Qual o seu propósito? Ele é pra você? Para os outros? Para ambos?... Ele é seu.


"Sometimes the things you are more afraid of, are the things that make you happier."

*** Tema do Encontro do Centro Hoffman da Quadrinidade 21/09/10.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Just a save place

Por melhor que tenha sido a viagem e mais magníficas tenham sido as paisagens, por mais que tenha dado risada e curiosas tenham sido as estradas, por mais diferentes tenham sido os paladares e interessantes os caminhos de quem atravessei, por mais longe que tenha ido e por mais que tenha me divertido, por melhor que tenham sido as experiências, por mais que tenha me transformado...É bom ir, mas é muito bom voltar.

Meu porto seguro. Voltar num olhar, num toque, no cheiro, no simples estar.

***"Que o seu afeto me afetou é fato, agora faça-me o favor..."

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

3X4

Hoje me dei conta que tenho passado mais dias da minha vida desejando que ela passe do que curtindo o que ela tem. Dos 7 dias na semana, passo 4 almejando chegar em 3.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

CARPE XIX - Janelas

Sem perceber, passei um dia fazendo coisas... diferentes. Diferentes do que costumo, eu digo.

De manhã, tomei banho com uma água congelante, não por opção, por circunstância, mas há uns 10 anos não fazia isso. Sai de casa com o carro da minha mãe, por conta do rodízio (sim, inéditamente eu lembrei!), e estava sem o rádio, então fui com o som do trânsito (e voltei!). Não peguei o jornal na rua. No almoço, pedi um prato que sempre namorei mas nunca havia pedido. Tive atividade o dia inteiro (sim, isso é novo recentemente...rs). Mudei de idéia quanto ao presente que queria me dar e me dei no ato. Cheguei em casa e me rendi ao sono por alguns instantes. Me irritei, frustrei, expus, ouvi, respirei, acalmei, aceitei meu lugar e me desculpei em menos de 10 minutos. Hoje optei por ser feliz ao invés de ter razão. Fiz caminhos novos: quando vi já estava em ruas conhecidas mas esquecidas. Pedi água e comemos ½ pizza de berinjela e ½ de carne seca. Não comi chocolate. Me vi, entendi e perdoei no intervalo de algumas horas. Assisti uma cena, ouvi, questionei, ouvi, refleti, ouvi, entendi e mudei de idéia, alterei minha razão, aceitei outra possibilidade.

E, numa simples troca, percebi tudo isso no meu dia. O quanto aquele dia tinha sido diferente, simples assim. Por isso (também), apesar de tudo, ainda acredito na troca, que ninguém é feliz sozinho, que é isso que nos enriquece, e que caminhar a dois é sempre melhor, independente da trilha!

Esqueci todas as janelas abertas onde guardei a fé em nós, mas no amor...

... Ah! E ainda li antes de dormir!

CARPE XIX - Para termos algo diferente do que sempre recebemos, para mudarmos o que não nos agrada, para alterarmos a mesmice que nos tornamos, quebrarmos o ciclo que criamos, precisamos de uma coisa: fazermos diferente do que viemos fazendo. O que temos e somos é reflexo do que absorvemos e damos, SE nos limitamos ao que enxergamos. Abra-se. Atente-se. Quebre. Mude.
"Passamos a amar não quando encontramos uma pessoa perfeita, mas quando aprendemos a ver perfeitamente uma pessoa imperfeita." Você mesmo. Aprendemos a amar quando nos amamos e assim nos vemos dignos de dar e receber esse amor. Assim seremos plenos. Na aceitação. Na compaixão. E TÁ TUDO BEM!rs

*** Obrigada pelo carinho, paciência e compreensão. Seu amor me transforma.***

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

CARPE XVIII - "Ch" pode ter som de "x"

“Quando alguém te disser que tá errado ou errada, que não vai “s” na cebola, que não vai “s” em feliz que o “x” pode ter som de “z” e “ch” pode ter som de “x”, acredito que errado é aquele que fala correto e não vive o que diz.” – O Teatro Mágico

Meu Carpe dessa semana foi delicioso e inspirado numa idéia que tive e está prestes a acontecer, mas disso falarei logo menos...

Essa semana, desorientada com uma terça de feriado, liguei para algumas amigas e programamos um girly day! Terça de manhã já estávamos na estrada... Buscando assuntos, puxando histórias, inventando planos para não tocarmos em nossas feridas e, bom, deu certo!!!
Que dia delicioso: rimos, descobrimos, conhecemos, calamos, terminamos e recomeçamos... E no fim, com muita coragem, ele se juntou a nós, tomou nossa atenção e dominou nossos assuntos. Com um sorriso aberto, coração ferido, num gesto singelo nos fez esquecer dos nossos. Sem buscar assolo, apenas consolo, divertiu-se conosco. E nós? Lembramos que há um mundo lá fora... Mundo de possibilidades... Mundo de casualidades.

CARPE XVIII – Fazer acontecer. Se fazer ser. Realizar o que sonha. Viver com o que e quem te realiza. Falar por si, e ninguém mais. Dividir momentos. Inovar, renovar e inventar-se. Fazer por si e agregar a todos. – Ter a coragem e a dignidade de atuar conforme o texto que proclama.

domingo, 5 de setembro de 2010

VOCÊ

Se não sabe o que quer, se revele. Se não sabe o que dizer, se cale. Se não sabe o que pensar, se isole. Mas não minta, admita. Não use, desfrute. Não brinque, jogue. Não fuja, encare. VOCÊ.

Não há dor maior do que a de assassinar um grande amor. Seu amor. Próprio
.
"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida. .. Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto. Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma..."

Francisco Buarque de Holanda

De boas intenções...

Hoje vivi uma experiência interessante. rs

Cheguei em casa com minha mãe (na verdade moramos em apartamento) e tínhamos compras do supermercado no porta-malas.
Minha mãe pegou o carrinho e enquanto colocávamos as compras nele, percebemos que conseguiríamos levá-las nas mãos, o que nos pouparia trazê-lo de volta, mas...
Quando chamamos o elevador e íamos tirar as compras do carrinho, a porta abriu imediatamente e nele estava um casal de idosos que fizeram questão de nos ajudar descendo do elevador para colocarmos o carrinho com as compras (que íamos nos organizar para deixar lá) e então coubéssemos todos no elevador.

Bom, aceitamos, entramos todos e o Senhor perguntou nosso andar para apertar o botão, porém não os enxergava muito bem, assim apertou outro andar antes do nosso, mas no final deu tudo certo e lá estávamos nós rumo acima.

Eles desceram no andar deles e continuamos nossa jornada. O elevador pára, descemos, e, para nossa surpresa, tem um aquário numa cadeira em frente a porta com um recado. Nos aproximamos, e foi quando minha mãe percebeu que estávamos no andar errado, o qual o Senhor apertou antes do nosso... Ok. Chamamos novamente o elevador, que estava no nosso real andar, entramos novamente, apertamos nosso andar e para nossa surpresa... o elevador desce!!! Começamos a rir, pois nossa idéia de facilitarmos nossa vida foi interrompida por uma ótima intenção, que mais nos atrasou do que ajudou... Bom, por fim conseguimos chegar em casa. Descarregamos o carrinho e eu o devolvi no seu lugar. Tudo certo. Mas...

Algo simples assim me trouxe a percepção de que às vezes, no intuito genuíno de ajudarmos alguém, fazemos nosso melhor; criamos, nos envolvemos, nos doamos, tomamos frente, e até mesmo nos sacrificamos, MAS, esquecemos de perguntar à pessoa COMO podemos ajudá-la. Saímos fazendo o que gostaríamos que fizessem por nós ou mesmo o que julgamos ser o melhor, e assim esquecemos o porquê daquilo tudo, que é o outro. No intuito de ajudar, podemos sufocar, afastar, anular ou até mesmo atrapalhar. Então cuidado com suas boas intenções... Preserve-se! rs

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

CARPE XVII - Só enquanto eu respirar vou amar você.

Essa semana me dei um presente. Essa semana me vi mulher. Inteira. Plena. Linda. Pura. Delicada. Aceita. Carinhosa. Sensual... IGUAL.

Cheguei com a chave do carro na mão, carro com que venho dirigindo minha estrada, a qual trilho feliz, mas sem ter com quem compartir...

Cheguei buscando música. Linguagem universal por falar pela emoção, que nos torna iguais, nem menos, nem mais.

Me desconstruí. Abandonei valores, quebrei crenças, desfiz paradigmas, revi comportamentos, chorei frustrações, perdoei limitações, ri de desespero, recordei melancolias e me libertei. Vi novas possibilidades, acessei novos lugares, recordei minhas intimidades, toquei minhas fragilidades, cheirei a lua, bebi risada, cantei à minha jornada, pintei borboletas ,me permiti sentir e me liertei. E, livre para ser, tornar-me-ei mulher.

Sobrevivi a 37 mulheres. Mais que isso, me uni a elas. Me senti uma delas. Pertenci a elas. Não competi, admirei: elas, eu, a magia do feminino. Me desenhei com meus olhos e descobri o amor que me tenho:“...Se eu não te (ME)amasse tanto assim talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te (ME)amasse tanto assim talvez não visse flores, por onde eu vim dentro do meu coração. Hoje eu sei, eu te (ME) amei no vento de um temporal mas fui mais, muito além do tempo do vendaval, nos desejos, num beijo, que eu jamais provei igual! E as estrelas dão um sinal...

Aprendi que posso ser sem impor. Amar sem machucar. Abraçar sem cobrar. Beijar sem pisar. Aprendi que ao agredir, firo mais a mim.Aprendi que se critico o que tenho, é por que desconsidero o que dou.Aprendi que o poder é meu e que o não para uma coisa torna o sim para muitas outras!Tirei ele do pedestal para tê-lo ao meu lado: “Agora estou pronta para me unir ao parceiro que sempre desejei encontrar.


CARPE XVII – Me livrar o medo de perder, de ser dominada, parar de competir e controlar. Superar meus medos e não sofrer mais com meu apego ao outro (medo da carência e solidão que se tornam na soberba ilusão da auto-suficiência) e descobrir que é possível amar. Amar a si, amar ele.
- Curso “Só para Mulheres” – Centro Hoffman da Quadrinidade-

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

CARPE XVI - "Toda manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem."

Sexta, uma idéia.

Sábado de manhã uma possibilidade.

Sábado a noite uma estrada.

Roupa do corpo, latinhas e guloseimas, mapa na cabeça e... fomos.

Chegamos na pousada em Nazaré Paulista quase umas 23h. Objetivo: sair da mesmice, algo tranqüilo, longe de tudo e todos... Idéia tentadora, se não fosse um detalhe: carregamos nossos monstros nos ombros, não há destino que nos faça deixá-los pra traz. Podemos disfarçar, ignorar, esconder ou nos esquivar deles mas, quando baixamos a guarda, nos descuidamos por um mínimo instante, eles sentam no nosso colo. Se você está bem, tudo bem, faz graça e dança com eles. Se não... dançou. É, dancei.

Mas não há ganhadores. Há momentos de glória... As vezes eu, as vezes eles.

Momento único que não perdeu sua magnitude pela vontade de ambos nos querermos bem.

E de tudo, não o ímpeto de seguir o instinto e nos permitirmos ser impulsivos... mas, ver minha gana para tornar esse meu amor em algo sublime, ultrapassando as minimizes do ego, das frustrações, da tristeza, da posse e das vontades lutando bravamente para se transformar. Encarar essa guerra reconhecendo minhas vitórias e fracassos. Momentos de alegria e prazer confundidos com ilusão e depressão profunda.


CARPE XVI – Aceitar as vitórias e derrotas, reconhecê-las sem desistir da luta, pois a glória nos levará ao amor sublime, sem fronteiras, sem barreiras, o amor por um grande amigo.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Desconfie do que crê.

O que seguir se o que se sente não é o se ouve. Se o que se ouve não é o que se vê. Se o que se vê não pertence ao que se sabe. Se o se sabe não entende o que se sente. E o que se sente...

O que fazer quando a coragem que nos move é também a que nos imobiliza?

O que crer se tudo que acredita te trapaceia?

O que levar se a partida não te diz o destino?

O que xingar se a dor não tem remetente?

O que mais pensar se só um recheia minha mente?

O que libertar se é o amor é o que domina a gente?


"Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu." - Luis Fernando Veríssimo

domingo, 8 de agosto de 2010

Enamorar

Novo sorriso, voz doce, olhar sereno, carinhoso. Toques discretos, afagos delicados um toque no olhar. Histórias relembradas, palavras para encantar. Um cuidado terno buscando desvendar.
Como é bom rever esse brilho no seu olhar... O milagre que é amar...

Conheci Alice. O novo amor do meu eterno!

CARPE XV - Primavera

Mais dois dias imersa em mim, revendo conhecimentos adquiridos, tomando mais consciência de toda a história, reconhecendo os passos dados e avanços alcançados, relembrando alguns acessos à tão almejada paz, vivenciando uma felicidade em êxtase plena de compaixão, amor, tranquilidade e alegria.

Mais camadas descascadas, portas abertas, pessoas compartilhando essa jornada, sentimentos desvendados e mais de mim em eu mesma.

Mas não, esse ainda não foi o CARPE da minha semana. Também não foi o dia dos pais quando conheci sua nova namorada e nem assistir o filme A Origem. rs
Há algum tempo, descobri um amor que nem sonhava existir. Sabe quando as caravanas de Cabral se aproximavam da Costa brasileira e os índios nem se quer as enxergavam pois não reconheciam sua existência, não cogitavam sua possibilidade, e só se deram conta quando elas estavam tão próximas que alteravam o som do vento, o movimento das águas e o cantar dos pássaros? Pois bem... levei esse tempo (claro, não exato) para entender todos os sinais desse amor que sentia mas que ainda buscava entender e quando entendi, relutava a viver, mas que nesses 2 dias (de busca intensa, acreditem!) se tornou livre, aflorou numa primavera que vem com a força de quem esperou 29 invernos para acontecer. Pura, linda, colorida, serena, genuína e calorosa.

Aberta para essa nova experiência, o expus, mas foi renegado.

Não, não foi a primeira vez que me frustrei, nem que ouvi um não, que alguém não me quis, nem que me enganei com os fatos ou subjuguei os acasos... Mas foi a primeira vez que não sai correndo, batendo as portas e xingando. Não por ter ficado chocada, congelada, bloqueada ou sem reação. Nem por achar que aquilo era melhor para mim, que coisa melhor viria, que não era esse meu destino e nem por estar mais madura. Simplesmente porque não quis, pois não estava enganada, aquilo era mesmo amor. E quem foge disso?

Quem me derruba é também quem me levanta. Busquei o consolo no olho do vulcão. Meu melhor amigo, meu companheiro, meu leitor e seguidor, é também o meu amor.

Diferente foi sentir esse amor que se transformará. Me transformará. E que transformarei.
Fugir não é alternativa. Ficar também não.
Mas me tornar livre nesses 1,62m.

O meu CARPE dessa semana foi crescer mais um pouco e ainda assim me ver pequena.
Como será isso, se será possível, se vai dar certo ou se ainda voltarei aqui para condenar esse post, não sei... mas ainda não vejo outra estrada que queira trilhar.
O convite foi rasgado, mas a festa vai continuar!


CARPE XII – O contrário também bem que pode acontecer... O não que não exclui, apenas renuncia. “It´s ok if you are ok!”.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Fina estampa.

O que fazer, em que se segurar, quando a coluna que te sustenta desmorona? Se sua mais pura e genuína verdade te engana? Olhar-se no espelho, e ver NADA.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Mudar pra que?

Mudamos por dois motivos: pelo amor ou pela dor.

Qual a sua escolha?

Que horas são?

O relógio apenas marca as horas para quem ignora o tempo. Atentar-nos-emos ao tempo certo; não o deixando passar e nem nos antecipando a ele.

O tempo certo leva o tempo que o tempo tem.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

7 minutos

7 minutos que intercedem a bonança do caos.

Estava tudo bem. Tranqüilo. Fluindo. Lilás. Agradável. E, em 27 minutos, tudo mudou.
Assim, vêm aqueles 7 minutos (para uns pode ser mais, outros menos... e outros tempo algum, mas...) que levamos para associar, registrar, assimilar e absorver as informações e, então, entramos no caos. Um banho que te tira/leva à realidade. Que poder louco é esse que tem o outro que te tira do eixo, vêm como um terremoto?
Então, temos duas possibilidades: clicar o foda-se; que pode literalmente dar certo e você vai se foder, ou se reorganizar e planejar seus próximos passos; o que ainda não garante seu sucesso.

Me pergunto porque temos essa necessidade de sermos puxados/empurrados pelo outro, literalmente assistidos para seguirmos um caminho que é nosso, que sabemos o que e como deve de ser feito, mas só damos os próximos passos se a cada ato tivermos aplausos. Vaias também são bem vindas, pois o que queremos mesmo é a certeza de que somos seguidos, olhados, contemplados, observados, assistidos. Somos e fazemos melhor se tivermos estímulos.

Penso então nos monges... a quem eles delegam essa força? A eles mesmos? E daí, fazem o que com isso se não vão compartilhar? Seria isso a plenitude? E eu lá quero isso então? Não é algo egocêntrico e egoísta isso? EU EU EU? Acho que eles precisam refletir sobre isso...rsrsrs

Penso então em mim... quanta energia coloquei e ainda disponibilizo cutucando feridas fechadas, vasculhando cavernas, labirintos sem mapa, descascando camada por camada, me desfazendo e recompondo, observando e analisando, batendo e acariciando PRA QUE??? Estou/sou melhor agora? O que mudou??? Sério, sejamos práticos: continuo solteira, morando com minha mãe, não me sustento sozinha, tenho crise com meu corpo, não me dedico a novas amizades, não leio mais do que antes, não como melhor e nem me exercito mais... Ok, mudei de emprego, mas que também está me deixando feliz, então no fundo não MUDOU nada...
Enfim... olhando assim, o foda-se parece mais atraente, se não fosse por um único e exclusivo detalhe: mudou em mim.

Não, não quero dizer que não me abalo mais com o outro, que não preciso dele ou que sou muito mais eu agora... Bom, pelo menos Eu não cheguei a esse ponto... O que digo é que tudo isso me ajuda a reconhecer essas nuances, a transitar entre Ele e Eu com mais visibilidade, a me permitir viver o caos com prazer, a cobrar menos, a ver melhor o outro, a nos separar, aceitar, respeitar... Claro que esqueço algumas lições de casa, vou mal na prova, repito de ano (Só espero não jubilar! Rsrsrs)... Acho que tudo isso, tem sido pra aprender sobre uma coisa, sim, UMA ÚNICA, mas não simples, coisa: o AMOR.


Bom, tudo isso é só um desabafo de um dia difícil. Dia que honestamente esperava chegar, se não o criei, apenas para dar mais adrenalina à vida, me testar, conhecer meus limites, exercitar nossos extremos.
Como todo bom ariano, nosso momento Phoenix... precisamos nos fazer pó para das cinzas renascer.

Só sei que sozinha nada seria, por isso entendo essa minha busca por outrem, entendo essa solidão que arde e sufoca, que só me libertarei quando presa estiver.

domingo, 18 de julho de 2010

Almoço e Mercadão - CARPE XIII e XIV

Essa semana, para contrapor à última, tive 2 CARPEs...

Na vontade de matar a saudade que senti da minha melhor amiga,o que não se faz em um dia, algumas horas ou momento, decidi que sábado estaria com ela... E o convite foi para irmos à festa de aniversário de um primo que eu tinha visto uma vez há uns 7 anos... Em outras palavras: almoço, na casa da família, que eu não conhecia NINGUÉM se não ela.
CLARO! Porque não? Sou suuuper descolada, desinibida e ADORO essas situações!!! Tanto que nem me lembro da última vez que me meti numa dessas!!! Bom, FOMOS...
Esse foi um CARPE... fiz algo que evito ao máximo, fujo, corro, me escondo, minto mas não caio. Bom, não foi tão aterrorizante assim; para manter alguma tradição, estava sendo um pouco dramática...rs
Mantenho minha tese de não ser o melhor dos programas e não, não é uma situação propícia para se conhecer pessoas novas, como diria minha mãe tentando me incentivar, MAS, foi tranqüilo, não bodiei e colocamos mais assuntos em dia, minimizando a distância que passamos nesses últimos meses...

O segundo CARPE, assim como sempre, estava todo programado e foi alterado... (Acho que lidar com mudanças têm sido minha lição de casa nesses últimos meses...rs)
Enfim...mas o programa principal foi mantido: apresentar o Pata Negra ao meu pai, no Mercadão. (que ele batizou de pé de cachorro preto... isso, façam como eu, não tentem entender.)
ADORO esse lugar, mas não sei explicar porque não o freqüento mais vezes... Adoro as alterações de cheiros, cores, sons, dialetos, belezas, texturas, sabores...
(até cachorro dentro da bolsa vimos)...

Apresentei o Pata Negra e conheci o Ratatouille em compota... aprendi a comprar carne seca, queijo coalho, Atemóia e a não mais cair no conto da jabuticaba... Conhecemos o abacaxi e o morango desidratado. Comi Pata Negra lembrando a sensação da primeira vez... Parecíamos 2 crianças na nossa disneylandia!!! Simples e delicioso. Assim como a vida deve ser.


Pérolas de papai: “Você não me mandou sua foto mas eu vi naquele seu Roticuti (vulgo MSN, uma mistura de hotmail com orkut)” / “Compre aquele queijinho que adora, o chancrise” (vulgo chanclish) / Má, se pedir pra levar eles colocam no tupevare (vulgo tupperware - esse é clássico!)

CARPE XIII – Permita-se fazer diferente, e mesmo se não "der certo", tá tudo bem.
CARPE XIV – O certo pode não ter sido o planejado. Divirta-se com o pequeno que ele se torna, CARPE!

domingo, 11 de julho de 2010

Bom dia!

Abrir os olhos e querer fechá-los, apenas para protelar o momento, mas que com seu sorriso vem o convite para mais. Carinho mimado, no balanço do abraço, o copo gelado me fez acordar. Não mais com você estar, apenas imaginar... Como é bom viver o sonhar se é com você meu acordar. Ótimo dia!

Drama

Saber interpretar respostas não ditas mas exercidas, principalmente quando não condizem com o que se espera e venera receber, não é fácil.
Lutamos contra nossa razão, nos colocamos como advogados do diabo, numa busca frenética para obtermos aquilo que queremos: justificarmos o que fazemos para alimentar o que sentimos, nos segando, assim, para o que temos. Para o que somos. O que nos tornamos.

Dada a sentença, iniciamos nosso novo caminho: desfazendo nossos nós e laços, seguimos em trilhas paralelas, sempre perto, sempre nos admirando, mas não mais nos tocando.
Escolhas... podem ser mudadas, mas precisam ser tomadas, só não se garante a mesma estrada.

***Eu te quero água e você me quer vinho. Te dou minha estrada e você está na encruzilhada. Te peço carinho e você me vem sorrindo. Te dou atenção e você me dá sua mão. Me dou por inteiro mas só queres meio. Falo grego e você estrangeiro. O que queres então? Quero tudo ou nada, porque sou inteira e nunca meia.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Cambiar

Senti como se estivesse passando... Meio perdida, meio tranquila, meio assistida, meio relaxada, meio curtindo, meio sumindo, meio pensando, meio observando, meio me encontrando...
Por um instante, no automático, perdi meu foco, saí de mim e entrei em ti, mas nesta mesma fração, você me trouxe de volta, com essa forma distante e indiferente, me devolveu a mim, e continuo a me perguntar, onde VOCÊ está?

Percebi há alguns carnavais, que nessa vida não há suplentes... não substituímos amigos, amores, sapatos, moletons, lembranças, momentos, risadas, experiências... apenas acumulamos ou mudamos. Mas, uma coisa, para mim, é certa, para que deixemos algo seguir seu caminho com desprendimento, precisamos preencher seu espaço. Assim, não o trocamos, mudamos!

Mudança alimenta. Mudança atormenta. Mudança, hoje, é minha maior esperança. Mudança é algo que esperamos ou fazemos acontecer? É o casamento de casos e acasos? Então, me indique seu caminho, porque cansei desse estado mas não conheço outra estrada. Cadê VOCÊ? Cadê VOCÊ?

domingo, 20 de junho de 2010

CARPE XII - Festa Junina

Vi um pequeno “anúncio” no site do terra: MAIOR FESTA JUNINA DE SÃO PAULO.

Apaixonada por essa época do ano e fã dessa tradicional comemoração, apesar de todo ano ter dificuldade em encontrar uma que me anime em ir, já que não faço parte de nenhum clube, academia, escola, moro em prédio e onde trabalho(ava) não tem nada especial, me interessei e escolhi para ser meu CARPE dessa semana e, para ser mais diferente ainda, escolhi como companhia meu pai.

Não que a gente não saia nem se veja com freqüência, mas confesso que ele não é a pessoa mais animada para esse tipo de evento, tanto que exitou em aceitar, MAS, como era eu e “é tradição na terrinha”, ele topou! E foi certamente a companhia certa para tal!

Bom, o evento super organizado, estruturado e cuidadoso com os detalhes... Música, comida e artesanato típico de cada Estado do Nordeste, da Bahia ao Maranhão. Fizeram como pequenas praças de cada Estado, com música ao vivo tocando no “coreto” e as “lojinhas” em volta... No final tinha arquibancadas para os shows e a quadrilha e à direita as barraquinhas de brincadeiras, churrasquinho, milho e etc. A noite estava uma delícia. Só faltou a fogueira...rs


Estávamos com medo de estar muvucado, mas pelo contrário, estava bem vazio. No site dizia R$40 a entrada, mas baixaram para R$20, acredito que pelo pouco movimento... Ficamos pensando no porquê: não é tradição em São Paulo; estava caro; pouca estrutura; mal divulgado; longe (foi no Anhembi)... bom, partindo que temos cerca de 4,5 milhões de nordestinos que VOTAM na CIDADE de São Paulo, por falta de tradição não é... pouca estrutura também não... Chegamos então que foi pouco divulgado e o preço estava mesmo acima da renda do público alvo, né... Uma pena, pois foi um evento, realizado pelo Estado de São Paulo, de tirar o chapéu...rs

Nós adoramos... ouvimos forró, samba, repentes e uma orquestra de crianças tocou a música da quadrilha ... brincamos, comemos, andamos, compramos farinha, manteiga de garrafa e colar de coquinho...

Um momento descontraído e desprendido. Encontrei mais uma ótima companhia para eventos culturais... descobri mais uma faceta do meu pai, uma pessoa divertida.


CARPE XII – Sempre podemos descobrir algo novo, até mesmo no que fazemos e conhecemos há anos... Basta permitir-se! Basta experimentar!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Maneiras

Quero falar, honestamente, sobre a mentira. Ou melhor, dos motivos que nos levam a mentir, ou se preferirem, a omitirmos a verdade.

Mentimos para nós, para quem amamos, para quem mal conhecemos, para quem convivemos e para quem nos importamos, com maior ou menor freqüência, com mais ou menos relevância, mas todos mentimos.

Mentimos porque julgamos que o outro não é forte o suficiente para lidar com o fato, porque vão descobrir que não somos perfeitos ou porque nós não queremos encarar que não somos perfeitos, porque não estamos preparados para os julgamentos, porque somos imaturos para aceitar as conseqüências, porque somos tão inseguros que precisamos dessa sensação de que detemos algum controle, porque desconhecemos o perdão, porque não queremos magoar, porque medimos a importância do fato com nossas próprias moedas, porque é divertido, porque somos manipuladores, porque somos egoístas e egocêntricos o bastante para não dividirmos o poder da escolha/decisão, porque somos covardes, porque a verdade é relativa, porque gera adrenalina, porque no fundo “todos somos atores no palco da vida”, porque acreditamos que a verdade sempre acaba vindo à tona então porque nos anteciparmos, porque nos abstemos de ser seu portador, porque ela dói ou porque ela salva?...

A mentira é de quem compra ou de quem vende? Realmente cremos ou mentimos que acreditamos nela?

Mentir é questão de sobrevivência? É possível uma relação sincera e totalmente aberta? Queremos isso? Estamos prontos?
Me lembrei do filme “Closer – Perto demais”...(não vou entrar em detalhes, mas fica a dica)

Por anos segui a razão. Hoje busco ouvir meu coração.
Meu coração reconhece mentira por falar tão bem essa língua... Mas cansei desse idioma. Hoje me conquista quem me encanta, não quem me canta. A verdade vibra. Nua e crua.

E Porque falamos a verdade?

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Endless Love

Enfim, fecha-se mais um ciclo.
Decisão tomada, idéia digerida, sentença dada e chega o fim.

É difícil lidar com o fim... fim de férias, fim de relacionamento, fim de noite, fim do final de semana, fim do prato, fim da vida... mesmo quando a decisão é nossa, vivemos essa sensação de perda. Um vazio melancólico.

Meu último dia como “partner”. Hoje senti aquela nostalgia do adeus, aquele frio na barriga que dá quando estamos na sala de embarque esperando o sinal que anuncia que aquilo tudo acabou, hora de seguir em frente, e está tudo bem, mas... Vêm então as lembranças... meus primeiros dias, primeiros amigos, aprendizados, lições, diferenças que fiz, promoções, projetos realizados, erros cometidas, pessoas que ensinei, que decepcionei, aulas que dei e que tive, risos, choros, viagens, gargalhadas, discussões, raivas guardadas e escancaradas, inquietudes, medos, inseguranças, decepções, paixões, degustações... parece uma vida inteira... com a certeza de ter sido feita com muito amor porque hoje já sinto saudade...

Saudade não do que tive, mas do que vivi, não do que ganhei, mas do que compartilhei, não daquilo que conquistei, mas que experimentei.

Ali aprendi sobre o amor, respeito, dignidade, diversidade... sobre crescer. Fiz grandes amigos, alguns dos meus melhores e mais íntimos nos dias atuais... Vi muitos partirem, outros ficarem e alguns voltarem... Respeito e admiro uns e passo por outros, mas aprendi a respeitá-los em suas individualidades.

Fiz parte de uma história que tenho muito orgulho de contar, um privilégio participar. Orgulho do Avental Verde.

Levo então sua melhor parte, sua essência, sua mais pura beleza.

LOVE WHAT YOU DO!



terça-feira, 15 de junho de 2010

Convite para transceder

A solidão do corpo entristece, deprime, isola. A solidão do coração esgota, esvazia, murcha.
As duas, devastam, suprimem. Nenhuma, completa, transcende.

Quando você voltou a falar de amor, de uma maneira nova, achei que podia ter chegado nosso momento, o qual minha fé não me permite desistir de você. Meus sentimentos voltaram tímidos de início, mas precisou de pouco para me engolir... Com feridas cicatrizadas, mas marcas eternizadas: ponderação.
Por isso, as expectativas vieram, claro, mas para me lembrar o que nos afastou, o que eu busco, trouxe lembranças, memórias e me convidou para observar e não mais interpretar.
E assim, nos vi ali, repetindo atitudes mesmo que com diferentes discursos, mais maduros, honestos e seguros. Jogamos informações, histórias, sentimentos, pensamentos, inseguranças, angústias, buscando resgatar o que de melhor tínhamos, nossa cumplicidade... Precisávamos testá-la e ela passou para a segunda faze... Mas há mais no ar que não sei explicar... o que nos limita, o que não nos falamos, seguramos, o que nos aprisiona? E por quê?

Ontem fomos apenas bons amigos. É isso então? Pois que assim seja, e só isso, pois como era não mais será. Nosso amor é maior e pode ser transformado.

Que eu seja então devastada para alcançar a transcendência. Quero esse amor maior, completo. Queres?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

CARPE XI - Aparecida




Fomos para Aparecida do Norte. Fui apresentada ao Santuário Nacional. Conheci outro tipo de fé, tão grande quanto a minha, mas expressa de maneiras diferentes... umas intensas, outras dolorosas, avoadas, passadas, externas, sacrificadas, devotas, vividas...

Mas confesso que não vivenciei como queria esse momento... Ao chegarmos, recebemos a resposta que nos tomou a atenção e exigiu nossa, fé. Foco alterado.

Engolimos as informações: sem sal, com pimenta. Conversamos, sentimos, dividimos, compartimos idéias e sensações, rimos, refletimos, relaxamos, nos irritamos, brincamos... agora precisa-se digerir.

Entendi que a fé essencial. Em nós se faz vital.
Bom foi estar ali com quem a fé descobri e vivo. Meu pilar, meu eu sem mim, leal amigo, companheiro de essência.
(“If you don´t mind, I don´t mind. If you don´t shine, I don´t shine” – Grande que não fazes idéia. Quero te assistir de camarote, pois já te aplaudo de pé! Fã de carteirinha... fã desde a santinha.)

Quanto ao Santuário, voltarei em breve pois ainda há algo que senti e não entendi... Vou com paz. Sigo com fé.
Carpe XI - Fé em si, no bem e no mal, no que vem e se vai... e volta.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Prisão

Me deparei com o medo. Nos olhamos de frente e, mesmo cobrindo sua face identifiquei-o no ato. O reconheci em mim.

Uma imagem foi o suficiente para alterar meu corpo, meu humor, minhas sensações... minha energia. Tão bem camuflado... escondia-se no ventre.

Encontrei o medo que sufoca, afoga, limita, intimida e acomoda. Medo que cega, imobiliza, coage, congela, flagela.
Medo de quem sente e mente. Medo que persegue. Medo que se compra e se vende, preso no inconsciente. Medo que não é meu, medo que adquiri, que apenas senti e nunca reagi. Medo que aprendi. Medo que, finalmente, digeri.

Liberta dos seus, me abro, enfim, para os meus. MEDO.

domingo, 6 de junho de 2010

Crônica do Amor - Arnaldo Jabor

Merece 5 minutos...rs

"Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?

Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

sábado, 5 de junho de 2010

Convite

Ontem fui convidada para ser madrinha do casamento do meu melhor amigo. Dizendo assim parece óbvio, mas acreditem, me surpreendi. Lisonjeada, me emocionei ao perceber que estaria ao seu lado (literalmente) em mais esse momento, e que nosso vínculo é maior que a distância, diferenças e rumos que tomamos. É enérgico, não carnal. Por isso somos AMIGOS.

Então, comecei a pensar o que essa pessoa, madrinha/padrinho de um casamento, significa porque fiquei muito feliz, então quis tentar entender, claro!...rs

O que isso significa para ele pode ou não ser o que significa para mim, tem algum problema nisso? Preciso ser católica? Terá curso? Tem um job description?(rs) E o que significa isso para MIM?...
Já pensei que isso era uma besteira, um protocolo... já pensei que é uma questão de inspiração, uma escolha que representa um exemplo a ser seguido, um modelo que você poderá se consultar nas adversidades e que irá te ajudar a encontrar um rumo para seguir em frente... Já pensei que isso é uma forma de reconhecimento e agradecimento...Já pensei que é uma pessoa que você confia, que se sente confortável para se expor e que te ajudará a encontrar sua verdade, sem ensinar ou julgar, apenas estará lá... Já pensei que é uma pessoa que te dirá o que realmente pensa e tentará te “elucidar”... Já pensei que será uma pessoa que não te dirá nada, só ouvirá pois o melhor é não se meter... Já pensei que é um pedido de benção à alguém de grande importância... Já pensei que seria um guardião... Já não pensei em nada...

Pensei o que significa então o casamento, os tipos de casamento, o poder desse tipo de formalização de uma união, da importância disso para as pessoas, na nossa cultura e para mim... Pensei até quem seriam meus padrinhos de casamento... Seriam os mesmos de 5 anos atrás? Seriam os escolhidos daqui a 5 anos? Eu quero me casar? Acredito nisso? Sonho com isso? Isso é relevante para ser madrinha???

Bom, claro que não me veio a resposta e talvez não chegue a nenhuma específica. Pode ser que cada “batismo” e casamento seja de uma forma... Mas isso não tira o mérito da minha felicidade que hoje não entendo, mas sinto. Assistir de camarote e compartilhar desse amor... Se no futuro isso me dará algum papel que não o de estar lá no altar na hora da benção religiosa, só nossa história poderá dizer...
Mazel tov!!!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Decisão - CARPE X

Ouvi que “nunca te vi tão bem, decidida”... e esse foi o CARPE da minha semana.

Não, não mudei o corte do meu cabelo e nem a cor, não comecei mais uma dieta e AINDA não saltei de paraquedas... Eu mudei meu rumo, ou melhor, mudei de estrada...

Ok, eu já fiz isso algumas vezes, mas a decisão por essa mudança foi diferente... dessa vez foi minha. “De mim para comigo”. Me abri, refleti, compartilhei, pesquisei, busquei e aceitei - arrisquei. Não pelos meus pais, amigos, amor, família, mas por mim, pelo que quero, e assim estou segura, feliz, tranquila.

Por fim, nós ali de novo, como ontem, como sempre. Tudo parece certo se não estivesse errado. E o duelo reinicia: o que sinto é pleno, certo, seguro, precioso; o que entendo é que tem muita coisa errada, mal entendida, indefinida. Mas, é avassalador, dominador, sem explicação... apenas é. Acordar bem, se sentir bem, querer bem. Um amor sem palavras, entender entre olhares, leitura de expressões, se despir dos medos e anseios sem pudor, cumplicidade de sentimentos, mas traduções contrárias, interpretações diversas, certezas incertas...

Li sobre o amor que transforma... aprendi sobre o amor que aceita... vi o amor que deseja... assisti o amor a distância... vivi o amor que completa... sonho com o amor pleno. Amarelo.

Meu melhor amigo vai se casar. Louco amor entre amigos... lembrei do filme “Casamento do meu melhor amigo”... é um amor de irmandade, fraterno e a sensação é de perda mesmo, pois agora ele terá outra melhor amiga, e de papel passado!... E é engraçado ver que as coisas continuam acontecendo enquanto vivemos nossa vida...rs... crescemos, seguimos, mudamos, construimos.

Assisti que “vi o quão insignificante fiz minha vida”... Não posso dizer o mesmo. Não mesmo. Já valeu por todos que me rodeiam.

Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.” – E você sabe de mim até mais do que eu! Não me leia, me estude!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Just that

"Não viva os ditados dos outros porque você é poesia."

CARPE IX - Villa Country

Essa semana foi repleta de acontecimentos, de forma que eu fiquei em dúvida o que consideraria como meu CARPE... então, escolhi não o que diferente me aconteceu, mas o que de diferente eu fiz acontecer.

É incrível como tudo flui quando nos disponibilizamos para o bem, e isso não significa acontecer o que, quando ou como queremos, mas aceitarmos o que nos vem. Falando assim parece livro de auto ajuda, eu sei, e que quando tudo está bem é fácil pensar dessa maneira... mas quem nasceu primeiro, quem é mais fresquinho...?

Bom, o CARPE dessa semana foi sensacional.

Eu curto sertanejo. Não acompanho lançamentos, conheço duplas, compro cds ou baixo músicas e etc, mas eu gosto do som... Essa semana, fui numa balada que “jamais iria”, uma balada “country”, famosa pelo tamanho da casa, quantidade de ambientes, shows sertanejos, rapazes e moças de chapéis e bota, e “pura pegação”. Nada a ver comigo. Ok, quase nada a ver comigo... Então, vamos lá!!! Rs

Independente de como fosse, estávamos nos divertindo, estávamos abertas para o que e como fosse, apenas curiosas, dispostas!
E sim, é realmente tudo isso que dizem, e você escolhe o que disso quer participar... não fomos de chapéu nem bota, mas conhecemos todos os ambientes, dos mais cheios aos mais tranquilos, não dançamos fazendo os passinhos com a galera e nem de casal, mas curtimos as bandas e bebemos horrores. Muita gente bonita, isso foi impressionante. Muita gente boba, isso já estávamos acostumadas... Rimos e como rimos. Até passando raiva nós ríamos. Pessoas montadas, chapadas, sossegadas, curiosos, frequentadores, interessantes, agradáveis, cururus, pepecos, sacanas, perdidos... e nós! Rs

Enfim, descobri mais uma possibilidadade, uma opção. Expandir, ultrapassar nossas próprias barreiras, conhecer pra crer.

CARPE IX - Tudo fica bem quando se está bem.

domingo, 23 de maio de 2010

É o que é. É, não é?...hã? Ah!...É.

Me entender, me marcar, me dar sem esperar, me querer sem pretender... meu desejo é latente mas, ilusório. Adoraria corresponder, mas não é você.

Posso o que for se contigo for. Estará comigo onde quer que vá? E se contra tu for meu seguir? Estará aqui?

Decisão... que peso tem você mesmo que em vão, se a única certeza é que tudo é mutável, mas se não for nossa, isentamo-nos dos seus prazeres e dores e assim o todo perde seu valor. Apenas pré-ocupação? Valorização? Medo? Insegurança. Para isso, fé.

Arriscar e acertar, Ficar e perder, tentar e não vingar, permanecer e colher. Tudo dependerá da moeda que julgarás, mas ganho sempre haverá.

"Quando a gente acha que sabe todas as respostas, a vida muda todas as perguntas. "

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mar

Vi uma cena interessante.

Vi uma exposição de sentimentos, não idéias.

Vi uma colocação de anseios, sem explicações, sem cobrança de estar certo/errado, sem medo de julgamento, apenas assim, como se sentia, da maneira mais aberta, pura, franca, transparente e corajosa.

Foi como ver o mar pela primeira vez... Vi meu mar.

domingo, 16 de maio de 2010

Virada - Carpe VIII

Meu Carpe dessa semana foi ir à Virada Cultural em São Paulo. Não sou de ir nesses eventos públicos e nada fã de muvuca... Definitivamente seria algo diferente.
O mais legal foi que não nos programamos muito, nada era fixo ou certo, se não nossa vontade de participar. Sabíamos o que queríamos, mas sabíamos que tudo podia acontecer, e foi o que aconteceu... O único show que eu fazia questão de ir, foi o que não fomos...rs... E como nos divertimos! Rimos, vimos belezas e bizarrices, respeito e retaliação, andamos, andamos e andamos.

Conhecemos pessoas interessantes, conversamos sobre música, filosofia, teorias, trabalho, estudo, homens, mulheres, homossexualismo, conceitos e preconceitos... Tudo bem que durante grande parte disso só sentia meus pés... sim, errei na escolha do sapato...
Percebi o quanto nosso físico interfere nas nossas emoções e que realmente é nossa necessidade primária. Vi que posso ser simpática ou não, mas que geralmente sou bem humorada. Que preciso me envolver para me divertir, mas isso não significa beber até cair e nem me dividir. Que as diferenças constroem as culturas que alimentam nossa educação que rege nosso sermão.


Tem espaço para tudo e para todos, somos água e azeite.

CARPE VIII – Vivenciar é estar, experimentar, compartilhar, deixar rolar... observar.
**Apenas flashes***

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Seguindo.

Estou triste. Sabe aquele dia que tá tudo certo, nada a mais nem a menos, normal, como ontem, mas me sinto triste.

Tentando identificar o que ocorreu, o que foi que, mesmo tão sutilmente, me mudou, conclui que voltei para a “corrente Australiana”. É tão automático... E certamente não foi de ontem para hoje.

Vejo pessoas fazendo planos para mim, sem me consultar, e eu os estou cumprindo divinamente. Vejo minhas crenças mudarem, meus sonhos se afastarem, minhas dúvidas me desnortearem, tento substituir pessoas insubstituíveis, e não faço mais parte da vida de quem mais amo. Achei. E cá entre nós, não era tão sutil assim, vai...

Estou crescendo ou ficando velha? O que trago comigo? Quem está me acompanhando? Que construção fica dessa obra?

Podemos tudo que queremos? Quanto queremos? O que queremos? E mais importante, estamos mesmo dispostos a tudo pelo que queremos ou adaptamos nossas vontades para termos um pouco de tudo? Isso é o equilíbrio? Seremos mesmo plenamente felizes quando alcançarmos o que queremos ou nos tornaremos frustrados por tudo o que abdicamos nesse caminho? E quanto durará? Ilusão? Medo? Insegurança? Ou nos limitamos para nos adaptarmos a seres normais?

Decidir não é fácil. Perder não é fácil e ganhar também não.

domingo, 9 de maio de 2010

Prosear - CARPE VII

Voltar a prosear.

Aquela sensação do sangue pulsando, correndo quente, que nos traz a consciência de que estamos vivos, o olhar que atravessa tentando descobrir o que se tem de mais profundo, vontade de estar, arrepio só de se encostar, frio na espinha, quase falta ar...

Nos congelamos. Nos fechamos por já nos sentirmos completos. Sabe, quando a gente encontra o que procura, ama e se sente amado, completo, de forma que se fecha não por opção, com consciência ou obrigação, imposição, mas simplesmente por não estar em busca de mais nada, todos/tudo perde o valor nesse sentido. Você continua achando tudo lindo, todos belos, atraentes e até excitantes, mas “- Não, obrigada! Estou satisfeito.”

Pois bem... Estava satisfeita. E, depois de me restar apenas um quadro de concreto dessa experiência, lembrança essa que me fere e acaricia, difícil de me desfazer por amor, não à matéria, mas por ser a última peça real do que melhor vivi, me senti reflorescendo.

Numa boa conversa, percebi que meu conflito era desnecessário, que minha crença me iludia e por isso todo aquele duelo que eu traçava era desnecessário... Não busco alma gêmea.
Sempre desejei meus opostos. Não entendia porque, achava que era muito azar, que tinha alguma coisa errada comigo ou com essa vida, que a culpa era dos meus pais ou que alguém me lançara um belo de um karma...
Mas não... é que esses nos estimulam, desafiam, aguçam. Se não, casávamos sempre com nossos melhores amigos... não que tenha algum problema com isso, pois não há certo ou errado, mas percebi que, no meu caso, busco o oposto. Não quero ser tão parecida com meu marido ao ponto que perguntem se é meu irmão, sabe? Quero fogo, quero ardor, quero testar nosso amor. Quero que nossa busca seja ser melhor um para o outro, em nós mesmos, seja o aprendizado da convivência, da compaixão, do entendimento... o que só se consegue com muito amor.

Numa sequência de coincidências, ontem, não quis poesia. Ontem, me abri para prosa.

Olhar, sentir, pulsar, te acompanhar com o olhar, sorrir, fugir, voltar, deixar olhar, desejar, vir te procurar até te encontrar, te ver, por fim, deixar fluir, naturalmente, no curso do seu seguir. Pode vir.

Definitivamente meu CARPE da semana...

CARPE VII: aceitar, desejar, optar, conviver e amar a diferença, e assim cessar o duelo.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Demissão

Estive pensando nas minhas relações... pensando em amizade... em elos... em parcerias...

É claro que nos unimos quando nos identificamos, quando há sinergia, interesses em comum, vibrações, sintonia, identificação, e tudo isso e tal... pensei nos meus amigos, meus colegas, ex-amigos, amores, pessoas que adoraria ser amiga, àqueles a quem recorro em cada situação... o que os difere, o que os assemelha... cheguei nos meus pais, lógico.

Pensei então na relação pais e filhos... qual é a peça que transforma essa relação em união ou repudia... em troca e simples apatia... quando é que se perde, em que momento se ganha...
Pensei no caminho: os pais tem um filho (ou mais,claro)... sonham como ele será... fazem planos... sua obra de arte, seu legado. Então, querem fazer o melhor, na sua concepção, claro! Assim como foi com eles, inicia-se a montagem... e, por mais que eles queiram ser, amigos, próximos, íntimos, acabam se tornando gerentes... CHEFES de família.

Percebi, já há algum tempo, o que me aprisionava, me sufocava, me engordava... uma voz, um gesto, uma feição, um olhar que me regia, ditava meu limite, barrava minhas ações e condenava minhas vontades... Achei já ter conseguido cortar esse vínculo, mas me enganei... não se enterra o que está em nós (a não ser que estejamos juntos...rs).
Vivo, morto, ausente, presente, desaparecido, desconhecido, unido... Nossos pais sempre estarão em nós, viverão na nossa mente, como nossa consciência, nosso parâmetro, nosso senso... Essa é a programação.

Diversas vezes me peguei pensando: “Imagina se minha mãe descobre!¨ ou “Que meu pai nunca descubra”... E quando eles não conseguem me dominar, apelo para “Deus”, aquele que tudo vê, tudo pode, tudo sabe, onipresente... O PAI de todos...

Bom... Sempre eles... Mas cadê eu? É isso e pronto, paciência?

Pois bem. Depois de conseguir me encontrar, conseguir me ouvir, me ver, sentir, reconhecer... Resolvi pedir demissão. Me demiti do cargo de filha! Eles não regem mais minha orquestra, não pintam mais meu quadro, não cantam minha música, não calçam meus sapatos.
Sim, o salário era bom... nada que não merecesse, pois sempre fui uma “ótima filha”.

Se isso teve conseqüência?... a Lei de Ação e Reação não falha: hoje, tenho o cargo de amiga.
Por amor, e só com amor, hoje nos tornamos amigos. Hoje trocamos, dividimos, confidenciamos, respeitamos, ouvimos e falamos com liberdade. No pressure, no push, no fear.

Opção deles? Fácil? Simples? Acordo mútuo? Não. Essa é a minha empresa. Meu negócio, minha escolha. Sem salário, só recompensas.

O que mudou? A voz sumiu? Não, claro que não... Mas quando a ouço, peço demissão, e assim me dou outra chance, passo a ser o gerente e assim livre para fazer a minha escolha, sem ter que ser contra, sem ter que ser a favor. Simplesmente sem TER QUE, só SENDO.

E que tipo de amizade? A que der, a que vier, a que for... será sempre melhor.


terça-feira, 4 de maio de 2010

Opção

Sinto por não ser o que você quer, o que espera, o que procura, por estar tão aquém... Sou mais do que só o que te interessa, e te dou o meu melhor... Melhor que eu, só quando sou nós.

Não demore para perceber. Não se abstenha da escolha. Assim, teremos our happy end!... Por hora... rs

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Como assim?

Até quando não falaremos a mesma língua? Porque não me escuta já que não te ouço? Não sou tão difícil de ler, então faça sua parte, que nem sei por onde começo a minha! Qual deles é você? Só te identifico quando me perco. Você é louco, insano ou apenas desumano? Estou errada ou enganada? Por quem? És Leviano ou mundano? Joga ou se diverte? Brinca ou rouba? Qual é a sua sede? Aqui ou agora? O real ou o imaginário? A verdade ou a mentira? O que é cada um desses? Que mundo é o seu? Ele se encaixa no meu? Ser ou estar, dá pra separar? Se te julgo é por que me rotula, se me diz não é porque me simplifica, se me ameaça, é porque não me domina, se foges, é porque me tens.

Um sentimento é único ou pode-se tê-lo diversas vezes, com diferentes formas? Diz que sim... diz que sim...

Só quero paz... com você, em paz... tudo está bem quando se está bem.

Sonha com o que?

Qual é o seu sonho? Você sonha? Qual a diferença de sonho e desejo? Plano e almejo?

Hoje vi sonhos... tentei lembrar dos meus... tentei pensar no meu...

Já sonhei em me enquadrar nos padrões, ser famosa e viajar o mundo... Hoje fico com o viajar, ponto. rs
Hoje, vi uma Barbie ser desenvolvida inspirada em alguém... Lembrei que por muitos anos vivi através das minhas Barbies... Outros muitos anos odiei a Barbie... Hoje a vi com outros olhos: não mais a simplifiquei como uma imposição de um padrão de beleza e perfeição, mas a possibilidade de vivermos, através de uma grande brincadeira, de sonhos, diversas realidades... existe 120 Barbies só de profissões diferentes...
Meu sonho hoje não é mais ser a Barbie, mas que a Barbie me seja! Meu sonho hoje é ter uma Barbie Barista, inspirada em mim!!! Ela terá botinas e não salto... sutiã 44 e cabelos curtos! rs

O que faço para isso acontecer? Nada, oras. É um sonho!!!! Sonhos não precisam ser realizáveis, possíveis ou executáveis... são sonhos... e se o forem, que criemos outros!!! Podem ser mutáveis, variáveis, incansáveis!

Um sonho mais antigo, aquele diário, é ser alguém melhor... melhor que ontem, melhor para mim, melhor para o que faço... busco incessantemente isso... me tira da cama... isso será por toda essa vida... esse é meu sonho desde menina... não ser perfeita, ser melhor, conhecer mais, imaginar mais, entender mais... a mim, aos outros, a tudo... Um sonho sem fim, mas com pequenas vitórias e derrotas que me alimentam, me inspiram, me levam adiante...Possível?

Farei 16 dias trabalhando sem folga. Sacrifício? Não... Ok, claro que preferia estar viajando o mundo,conhecendo pessoas, dormindo, vendo filme, comendo pipoca, voando, e blá blá blá... mas dentre tudo isso, colocaria fazer o que faço... é, há prazer!

Isso espanta muitos... mas eu adoro o que faço. E descobri o porquê... porque me divirto, gosto do que faço, pra quem faço, com quem faço e ainda vejo importância nisso. Sou Barista. Trabalho em uma cafeteria. Mas, temos um sonho, almejamos algo... tentamos transformar momentos em experiências.

Lidamos com expectativas, com transformações... conseguimos as vezes, fracassamos em outras... mas nascemos de um sonho – de nos conectarmos mais.

“Não somos uma empresa de café servindo pessoas. Somos uma empresa de pessoas servindo café!”

Não, não é propaganda, juro... mas é algo que venho tentando identificar... o que difere? Por que essa ligação que não consigo me desprender... Hoje entendi melhor essa ligação...
O que posso dizer é que me desenvolvo aqui, de diversas formas... com diversas pessoas...
Se hoje sou mais humana, meu trabalho tem sido crucial para isso... as pessoas de lá peças-chave... e àqueles que passam por lá, fundamentais; mesmo e principalmente àqueles que quase me fazem perder a fé na humanidade...rs... esses me desafiam, testam, colocam à prova, mas até hoje, perdem!

Qual o seu sonho? ***
Make a Wish***!!!!