sexta-feira, 9 de abril de 2010

Conversando com Deus - CARPE V

Ontem conversei com Deus.

Sonhando acordada, num momento de auto-reconhecimento, confesso, enxerguei a resposta para minha real liberdade.

Claro, não foi do nada... Diversos sinais durante esse mês, um desenrolar de fatos que agiram como sinais e então me abri para compreender o que Ele estava tentando me dizer, talvez há quase 30 anos...

Há 15 dias, diria que cometi meu maior erro profissional, e o pior, com consciência. Lógico, veio à tona. E ao absorver o fato, nada me restava, a meu ver, que me colocar à disposição, meu cargo à disposição (quem me conhece sabe o valor disso). E então, como resposta, tive um dos maiores gestos de... humanidade. Para alguns pode parecer natural e óbvio. Para mim, não.

Ouvi que eu não conhecia a empresa em que trabalhava, as pessoas com quem trabalhava. Disse que tanto conhecia que só me via tomando tal atitude. Ele estava certo... eu não conhecia. Disse que o fato de eu entender e reconhecer o peso do meu erro, era o máximo que eu podia dar em troca e que confiava em mim, tanto que esse erro jamais teria mais valor que meus acertos. Sugeriu que eu colocasse o fato num canto da memória e seguisse em frente.

Um erro não tem mais valor que os acertos.

No livro é lindo... na vida isso é maravilhoso!

Bom, apenas ontem, absorvi a mensagem.
Na busca pelo ideal (Gu, você fez parte disso!), da perfeição, nos endeusamos. Julgamos, damos a sentença e até matamos. E, nessa busca, sem perceber, nos colocamos no sentido oposto, nos tornamos cruéis com os outros e nós mesmos.
Percebi que repetia o que mais temia, mas foi como aprendi, e de forma automática, sem pestanejar.
Não admitimos erros. Isso vale para mim também, lógico. Mas, quem não erra?
Então, me escondo, crio barreiras para que ninguém me veja, minto, forjo, crio realidades paralelas. Nessas realidades, altero valores, crenças, raciocínios e até a lógica, tudo para justificar que meu erro não foi bem um erro, afinal, tudo tem dois lados, no mínimo...rs... Assim, me torno todos, assim, me torno nada. Vazio. Superficial.

Fujo. Sem contatos. Sem olhar nos olhos. Assim fui. Aniquilando a cada erro, numa auto-punição cruel e desenfreada. Desumanizo-me, endeuso. Me sufoco. Me cego. E com orgulho disso, lembro-me bem.

Isso foi comigo, amigos, colegas, trabalhos, amores... Como se a única opção fosse a perfeição.
E Ela existe mesmo ou é algo que criamos para nos proteger? Tábua de salvação da nossa insegurança?

Ignora-se os bens, e a ‘mais valia’ é o mal.

Mas, hoje, conversei com Deus. Vi uma luz em todo esse breu. O perdão, principalmente o auto, não se trata de religião, espiritualidade, bondade, elevação... é questão de inteligência, sabedoria, sobrevivência.

Hoje, entendi. Mais, experimentei. Hoje, começo um novo caminho, me sinto livre para VOAR.

*Dou, acho que foi por isso que o Universo estava adiando tanto... pedi um vôo com sensação plena de liberdade... Ele me ouviu, e está me dando de presente de aniversário! Será pleno, prometo!rs


*Querido, fez isso por mim, mas só hoje reconheci e pude entender. Não fiz por ti, mas se tiver em tempo, estou pronta. Por tudo, mais uma vez, muito obrigada.



2 comentários:

  1. quanto enigma no seu post, fiquei curioso, hehheh... q dia é esse q vc teve?

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  2. Os erros tem tanto valor quanto os acertos, ou até mais... eles são a referência pra mudança de rumo, pra reflexão, pro freio...

    Quem para pra refletir se esta na direção certa, "acertando"?

    O bom seria se errar não viesse acompanhado de dor, medo, insegurança...

    Mas ai, seria um carrossel, e não uma montanha-russa, né?

    o que vc precisa? O que vc prefere?

    Adoro-te

    Gu

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