domingo, 20 de junho de 2010

CARPE XII - Festa Junina

Vi um pequeno “anúncio” no site do terra: MAIOR FESTA JUNINA DE SÃO PAULO.

Apaixonada por essa época do ano e fã dessa tradicional comemoração, apesar de todo ano ter dificuldade em encontrar uma que me anime em ir, já que não faço parte de nenhum clube, academia, escola, moro em prédio e onde trabalho(ava) não tem nada especial, me interessei e escolhi para ser meu CARPE dessa semana e, para ser mais diferente ainda, escolhi como companhia meu pai.

Não que a gente não saia nem se veja com freqüência, mas confesso que ele não é a pessoa mais animada para esse tipo de evento, tanto que exitou em aceitar, MAS, como era eu e “é tradição na terrinha”, ele topou! E foi certamente a companhia certa para tal!

Bom, o evento super organizado, estruturado e cuidadoso com os detalhes... Música, comida e artesanato típico de cada Estado do Nordeste, da Bahia ao Maranhão. Fizeram como pequenas praças de cada Estado, com música ao vivo tocando no “coreto” e as “lojinhas” em volta... No final tinha arquibancadas para os shows e a quadrilha e à direita as barraquinhas de brincadeiras, churrasquinho, milho e etc. A noite estava uma delícia. Só faltou a fogueira...rs


Estávamos com medo de estar muvucado, mas pelo contrário, estava bem vazio. No site dizia R$40 a entrada, mas baixaram para R$20, acredito que pelo pouco movimento... Ficamos pensando no porquê: não é tradição em São Paulo; estava caro; pouca estrutura; mal divulgado; longe (foi no Anhembi)... bom, partindo que temos cerca de 4,5 milhões de nordestinos que VOTAM na CIDADE de São Paulo, por falta de tradição não é... pouca estrutura também não... Chegamos então que foi pouco divulgado e o preço estava mesmo acima da renda do público alvo, né... Uma pena, pois foi um evento, realizado pelo Estado de São Paulo, de tirar o chapéu...rs

Nós adoramos... ouvimos forró, samba, repentes e uma orquestra de crianças tocou a música da quadrilha ... brincamos, comemos, andamos, compramos farinha, manteiga de garrafa e colar de coquinho...

Um momento descontraído e desprendido. Encontrei mais uma ótima companhia para eventos culturais... descobri mais uma faceta do meu pai, uma pessoa divertida.


CARPE XII – Sempre podemos descobrir algo novo, até mesmo no que fazemos e conhecemos há anos... Basta permitir-se! Basta experimentar!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Maneiras

Quero falar, honestamente, sobre a mentira. Ou melhor, dos motivos que nos levam a mentir, ou se preferirem, a omitirmos a verdade.

Mentimos para nós, para quem amamos, para quem mal conhecemos, para quem convivemos e para quem nos importamos, com maior ou menor freqüência, com mais ou menos relevância, mas todos mentimos.

Mentimos porque julgamos que o outro não é forte o suficiente para lidar com o fato, porque vão descobrir que não somos perfeitos ou porque nós não queremos encarar que não somos perfeitos, porque não estamos preparados para os julgamentos, porque somos imaturos para aceitar as conseqüências, porque somos tão inseguros que precisamos dessa sensação de que detemos algum controle, porque desconhecemos o perdão, porque não queremos magoar, porque medimos a importância do fato com nossas próprias moedas, porque é divertido, porque somos manipuladores, porque somos egoístas e egocêntricos o bastante para não dividirmos o poder da escolha/decisão, porque somos covardes, porque a verdade é relativa, porque gera adrenalina, porque no fundo “todos somos atores no palco da vida”, porque acreditamos que a verdade sempre acaba vindo à tona então porque nos anteciparmos, porque nos abstemos de ser seu portador, porque ela dói ou porque ela salva?...

A mentira é de quem compra ou de quem vende? Realmente cremos ou mentimos que acreditamos nela?

Mentir é questão de sobrevivência? É possível uma relação sincera e totalmente aberta? Queremos isso? Estamos prontos?
Me lembrei do filme “Closer – Perto demais”...(não vou entrar em detalhes, mas fica a dica)

Por anos segui a razão. Hoje busco ouvir meu coração.
Meu coração reconhece mentira por falar tão bem essa língua... Mas cansei desse idioma. Hoje me conquista quem me encanta, não quem me canta. A verdade vibra. Nua e crua.

E Porque falamos a verdade?

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Endless Love

Enfim, fecha-se mais um ciclo.
Decisão tomada, idéia digerida, sentença dada e chega o fim.

É difícil lidar com o fim... fim de férias, fim de relacionamento, fim de noite, fim do final de semana, fim do prato, fim da vida... mesmo quando a decisão é nossa, vivemos essa sensação de perda. Um vazio melancólico.

Meu último dia como “partner”. Hoje senti aquela nostalgia do adeus, aquele frio na barriga que dá quando estamos na sala de embarque esperando o sinal que anuncia que aquilo tudo acabou, hora de seguir em frente, e está tudo bem, mas... Vêm então as lembranças... meus primeiros dias, primeiros amigos, aprendizados, lições, diferenças que fiz, promoções, projetos realizados, erros cometidas, pessoas que ensinei, que decepcionei, aulas que dei e que tive, risos, choros, viagens, gargalhadas, discussões, raivas guardadas e escancaradas, inquietudes, medos, inseguranças, decepções, paixões, degustações... parece uma vida inteira... com a certeza de ter sido feita com muito amor porque hoje já sinto saudade...

Saudade não do que tive, mas do que vivi, não do que ganhei, mas do que compartilhei, não daquilo que conquistei, mas que experimentei.

Ali aprendi sobre o amor, respeito, dignidade, diversidade... sobre crescer. Fiz grandes amigos, alguns dos meus melhores e mais íntimos nos dias atuais... Vi muitos partirem, outros ficarem e alguns voltarem... Respeito e admiro uns e passo por outros, mas aprendi a respeitá-los em suas individualidades.

Fiz parte de uma história que tenho muito orgulho de contar, um privilégio participar. Orgulho do Avental Verde.

Levo então sua melhor parte, sua essência, sua mais pura beleza.

LOVE WHAT YOU DO!



terça-feira, 15 de junho de 2010

Convite para transceder

A solidão do corpo entristece, deprime, isola. A solidão do coração esgota, esvazia, murcha.
As duas, devastam, suprimem. Nenhuma, completa, transcende.

Quando você voltou a falar de amor, de uma maneira nova, achei que podia ter chegado nosso momento, o qual minha fé não me permite desistir de você. Meus sentimentos voltaram tímidos de início, mas precisou de pouco para me engolir... Com feridas cicatrizadas, mas marcas eternizadas: ponderação.
Por isso, as expectativas vieram, claro, mas para me lembrar o que nos afastou, o que eu busco, trouxe lembranças, memórias e me convidou para observar e não mais interpretar.
E assim, nos vi ali, repetindo atitudes mesmo que com diferentes discursos, mais maduros, honestos e seguros. Jogamos informações, histórias, sentimentos, pensamentos, inseguranças, angústias, buscando resgatar o que de melhor tínhamos, nossa cumplicidade... Precisávamos testá-la e ela passou para a segunda faze... Mas há mais no ar que não sei explicar... o que nos limita, o que não nos falamos, seguramos, o que nos aprisiona? E por quê?

Ontem fomos apenas bons amigos. É isso então? Pois que assim seja, e só isso, pois como era não mais será. Nosso amor é maior e pode ser transformado.

Que eu seja então devastada para alcançar a transcendência. Quero esse amor maior, completo. Queres?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

CARPE XI - Aparecida




Fomos para Aparecida do Norte. Fui apresentada ao Santuário Nacional. Conheci outro tipo de fé, tão grande quanto a minha, mas expressa de maneiras diferentes... umas intensas, outras dolorosas, avoadas, passadas, externas, sacrificadas, devotas, vividas...

Mas confesso que não vivenciei como queria esse momento... Ao chegarmos, recebemos a resposta que nos tomou a atenção e exigiu nossa, fé. Foco alterado.

Engolimos as informações: sem sal, com pimenta. Conversamos, sentimos, dividimos, compartimos idéias e sensações, rimos, refletimos, relaxamos, nos irritamos, brincamos... agora precisa-se digerir.

Entendi que a fé essencial. Em nós se faz vital.
Bom foi estar ali com quem a fé descobri e vivo. Meu pilar, meu eu sem mim, leal amigo, companheiro de essência.
(“If you don´t mind, I don´t mind. If you don´t shine, I don´t shine” – Grande que não fazes idéia. Quero te assistir de camarote, pois já te aplaudo de pé! Fã de carteirinha... fã desde a santinha.)

Quanto ao Santuário, voltarei em breve pois ainda há algo que senti e não entendi... Vou com paz. Sigo com fé.
Carpe XI - Fé em si, no bem e no mal, no que vem e se vai... e volta.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Prisão

Me deparei com o medo. Nos olhamos de frente e, mesmo cobrindo sua face identifiquei-o no ato. O reconheci em mim.

Uma imagem foi o suficiente para alterar meu corpo, meu humor, minhas sensações... minha energia. Tão bem camuflado... escondia-se no ventre.

Encontrei o medo que sufoca, afoga, limita, intimida e acomoda. Medo que cega, imobiliza, coage, congela, flagela.
Medo de quem sente e mente. Medo que persegue. Medo que se compra e se vende, preso no inconsciente. Medo que não é meu, medo que adquiri, que apenas senti e nunca reagi. Medo que aprendi. Medo que, finalmente, digeri.

Liberta dos seus, me abro, enfim, para os meus. MEDO.

domingo, 6 de junho de 2010

Crônica do Amor - Arnaldo Jabor

Merece 5 minutos...rs

"Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?

Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

sábado, 5 de junho de 2010

Convite

Ontem fui convidada para ser madrinha do casamento do meu melhor amigo. Dizendo assim parece óbvio, mas acreditem, me surpreendi. Lisonjeada, me emocionei ao perceber que estaria ao seu lado (literalmente) em mais esse momento, e que nosso vínculo é maior que a distância, diferenças e rumos que tomamos. É enérgico, não carnal. Por isso somos AMIGOS.

Então, comecei a pensar o que essa pessoa, madrinha/padrinho de um casamento, significa porque fiquei muito feliz, então quis tentar entender, claro!...rs

O que isso significa para ele pode ou não ser o que significa para mim, tem algum problema nisso? Preciso ser católica? Terá curso? Tem um job description?(rs) E o que significa isso para MIM?...
Já pensei que isso era uma besteira, um protocolo... já pensei que é uma questão de inspiração, uma escolha que representa um exemplo a ser seguido, um modelo que você poderá se consultar nas adversidades e que irá te ajudar a encontrar um rumo para seguir em frente... Já pensei que isso é uma forma de reconhecimento e agradecimento...Já pensei que é uma pessoa que você confia, que se sente confortável para se expor e que te ajudará a encontrar sua verdade, sem ensinar ou julgar, apenas estará lá... Já pensei que é uma pessoa que te dirá o que realmente pensa e tentará te “elucidar”... Já pensei que será uma pessoa que não te dirá nada, só ouvirá pois o melhor é não se meter... Já pensei que é um pedido de benção à alguém de grande importância... Já pensei que seria um guardião... Já não pensei em nada...

Pensei o que significa então o casamento, os tipos de casamento, o poder desse tipo de formalização de uma união, da importância disso para as pessoas, na nossa cultura e para mim... Pensei até quem seriam meus padrinhos de casamento... Seriam os mesmos de 5 anos atrás? Seriam os escolhidos daqui a 5 anos? Eu quero me casar? Acredito nisso? Sonho com isso? Isso é relevante para ser madrinha???

Bom, claro que não me veio a resposta e talvez não chegue a nenhuma específica. Pode ser que cada “batismo” e casamento seja de uma forma... Mas isso não tira o mérito da minha felicidade que hoje não entendo, mas sinto. Assistir de camarote e compartilhar desse amor... Se no futuro isso me dará algum papel que não o de estar lá no altar na hora da benção religiosa, só nossa história poderá dizer...
Mazel tov!!!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Decisão - CARPE X

Ouvi que “nunca te vi tão bem, decidida”... e esse foi o CARPE da minha semana.

Não, não mudei o corte do meu cabelo e nem a cor, não comecei mais uma dieta e AINDA não saltei de paraquedas... Eu mudei meu rumo, ou melhor, mudei de estrada...

Ok, eu já fiz isso algumas vezes, mas a decisão por essa mudança foi diferente... dessa vez foi minha. “De mim para comigo”. Me abri, refleti, compartilhei, pesquisei, busquei e aceitei - arrisquei. Não pelos meus pais, amigos, amor, família, mas por mim, pelo que quero, e assim estou segura, feliz, tranquila.

Por fim, nós ali de novo, como ontem, como sempre. Tudo parece certo se não estivesse errado. E o duelo reinicia: o que sinto é pleno, certo, seguro, precioso; o que entendo é que tem muita coisa errada, mal entendida, indefinida. Mas, é avassalador, dominador, sem explicação... apenas é. Acordar bem, se sentir bem, querer bem. Um amor sem palavras, entender entre olhares, leitura de expressões, se despir dos medos e anseios sem pudor, cumplicidade de sentimentos, mas traduções contrárias, interpretações diversas, certezas incertas...

Li sobre o amor que transforma... aprendi sobre o amor que aceita... vi o amor que deseja... assisti o amor a distância... vivi o amor que completa... sonho com o amor pleno. Amarelo.

Meu melhor amigo vai se casar. Louco amor entre amigos... lembrei do filme “Casamento do meu melhor amigo”... é um amor de irmandade, fraterno e a sensação é de perda mesmo, pois agora ele terá outra melhor amiga, e de papel passado!... E é engraçado ver que as coisas continuam acontecendo enquanto vivemos nossa vida...rs... crescemos, seguimos, mudamos, construimos.

Assisti que “vi o quão insignificante fiz minha vida”... Não posso dizer o mesmo. Não mesmo. Já valeu por todos que me rodeiam.

Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.” – E você sabe de mim até mais do que eu! Não me leia, me estude!