sexta-feira, 18 de junho de 2010

Maneiras

Quero falar, honestamente, sobre a mentira. Ou melhor, dos motivos que nos levam a mentir, ou se preferirem, a omitirmos a verdade.

Mentimos para nós, para quem amamos, para quem mal conhecemos, para quem convivemos e para quem nos importamos, com maior ou menor freqüência, com mais ou menos relevância, mas todos mentimos.

Mentimos porque julgamos que o outro não é forte o suficiente para lidar com o fato, porque vão descobrir que não somos perfeitos ou porque nós não queremos encarar que não somos perfeitos, porque não estamos preparados para os julgamentos, porque somos imaturos para aceitar as conseqüências, porque somos tão inseguros que precisamos dessa sensação de que detemos algum controle, porque desconhecemos o perdão, porque não queremos magoar, porque medimos a importância do fato com nossas próprias moedas, porque é divertido, porque somos manipuladores, porque somos egoístas e egocêntricos o bastante para não dividirmos o poder da escolha/decisão, porque somos covardes, porque a verdade é relativa, porque gera adrenalina, porque no fundo “todos somos atores no palco da vida”, porque acreditamos que a verdade sempre acaba vindo à tona então porque nos anteciparmos, porque nos abstemos de ser seu portador, porque ela dói ou porque ela salva?...

A mentira é de quem compra ou de quem vende? Realmente cremos ou mentimos que acreditamos nela?

Mentir é questão de sobrevivência? É possível uma relação sincera e totalmente aberta? Queremos isso? Estamos prontos?
Me lembrei do filme “Closer – Perto demais”...(não vou entrar em detalhes, mas fica a dica)

Por anos segui a razão. Hoje busco ouvir meu coração.
Meu coração reconhece mentira por falar tão bem essa língua... Mas cansei desse idioma. Hoje me conquista quem me encanta, não quem me canta. A verdade vibra. Nua e crua.

E Porque falamos a verdade?

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