quarta-feira, 21 de julho de 2010

7 minutos

7 minutos que intercedem a bonança do caos.

Estava tudo bem. Tranqüilo. Fluindo. Lilás. Agradável. E, em 27 minutos, tudo mudou.
Assim, vêm aqueles 7 minutos (para uns pode ser mais, outros menos... e outros tempo algum, mas...) que levamos para associar, registrar, assimilar e absorver as informações e, então, entramos no caos. Um banho que te tira/leva à realidade. Que poder louco é esse que tem o outro que te tira do eixo, vêm como um terremoto?
Então, temos duas possibilidades: clicar o foda-se; que pode literalmente dar certo e você vai se foder, ou se reorganizar e planejar seus próximos passos; o que ainda não garante seu sucesso.

Me pergunto porque temos essa necessidade de sermos puxados/empurrados pelo outro, literalmente assistidos para seguirmos um caminho que é nosso, que sabemos o que e como deve de ser feito, mas só damos os próximos passos se a cada ato tivermos aplausos. Vaias também são bem vindas, pois o que queremos mesmo é a certeza de que somos seguidos, olhados, contemplados, observados, assistidos. Somos e fazemos melhor se tivermos estímulos.

Penso então nos monges... a quem eles delegam essa força? A eles mesmos? E daí, fazem o que com isso se não vão compartilhar? Seria isso a plenitude? E eu lá quero isso então? Não é algo egocêntrico e egoísta isso? EU EU EU? Acho que eles precisam refletir sobre isso...rsrsrs

Penso então em mim... quanta energia coloquei e ainda disponibilizo cutucando feridas fechadas, vasculhando cavernas, labirintos sem mapa, descascando camada por camada, me desfazendo e recompondo, observando e analisando, batendo e acariciando PRA QUE??? Estou/sou melhor agora? O que mudou??? Sério, sejamos práticos: continuo solteira, morando com minha mãe, não me sustento sozinha, tenho crise com meu corpo, não me dedico a novas amizades, não leio mais do que antes, não como melhor e nem me exercito mais... Ok, mudei de emprego, mas que também está me deixando feliz, então no fundo não MUDOU nada...
Enfim... olhando assim, o foda-se parece mais atraente, se não fosse por um único e exclusivo detalhe: mudou em mim.

Não, não quero dizer que não me abalo mais com o outro, que não preciso dele ou que sou muito mais eu agora... Bom, pelo menos Eu não cheguei a esse ponto... O que digo é que tudo isso me ajuda a reconhecer essas nuances, a transitar entre Ele e Eu com mais visibilidade, a me permitir viver o caos com prazer, a cobrar menos, a ver melhor o outro, a nos separar, aceitar, respeitar... Claro que esqueço algumas lições de casa, vou mal na prova, repito de ano (Só espero não jubilar! Rsrsrs)... Acho que tudo isso, tem sido pra aprender sobre uma coisa, sim, UMA ÚNICA, mas não simples, coisa: o AMOR.


Bom, tudo isso é só um desabafo de um dia difícil. Dia que honestamente esperava chegar, se não o criei, apenas para dar mais adrenalina à vida, me testar, conhecer meus limites, exercitar nossos extremos.
Como todo bom ariano, nosso momento Phoenix... precisamos nos fazer pó para das cinzas renascer.

Só sei que sozinha nada seria, por isso entendo essa minha busca por outrem, entendo essa solidão que arde e sufoca, que só me libertarei quando presa estiver.

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