domingo, 8 de agosto de 2010

CARPE XV - Primavera

Mais dois dias imersa em mim, revendo conhecimentos adquiridos, tomando mais consciência de toda a história, reconhecendo os passos dados e avanços alcançados, relembrando alguns acessos à tão almejada paz, vivenciando uma felicidade em êxtase plena de compaixão, amor, tranquilidade e alegria.

Mais camadas descascadas, portas abertas, pessoas compartilhando essa jornada, sentimentos desvendados e mais de mim em eu mesma.

Mas não, esse ainda não foi o CARPE da minha semana. Também não foi o dia dos pais quando conheci sua nova namorada e nem assistir o filme A Origem. rs
Há algum tempo, descobri um amor que nem sonhava existir. Sabe quando as caravanas de Cabral se aproximavam da Costa brasileira e os índios nem se quer as enxergavam pois não reconheciam sua existência, não cogitavam sua possibilidade, e só se deram conta quando elas estavam tão próximas que alteravam o som do vento, o movimento das águas e o cantar dos pássaros? Pois bem... levei esse tempo (claro, não exato) para entender todos os sinais desse amor que sentia mas que ainda buscava entender e quando entendi, relutava a viver, mas que nesses 2 dias (de busca intensa, acreditem!) se tornou livre, aflorou numa primavera que vem com a força de quem esperou 29 invernos para acontecer. Pura, linda, colorida, serena, genuína e calorosa.

Aberta para essa nova experiência, o expus, mas foi renegado.

Não, não foi a primeira vez que me frustrei, nem que ouvi um não, que alguém não me quis, nem que me enganei com os fatos ou subjuguei os acasos... Mas foi a primeira vez que não sai correndo, batendo as portas e xingando. Não por ter ficado chocada, congelada, bloqueada ou sem reação. Nem por achar que aquilo era melhor para mim, que coisa melhor viria, que não era esse meu destino e nem por estar mais madura. Simplesmente porque não quis, pois não estava enganada, aquilo era mesmo amor. E quem foge disso?

Quem me derruba é também quem me levanta. Busquei o consolo no olho do vulcão. Meu melhor amigo, meu companheiro, meu leitor e seguidor, é também o meu amor.

Diferente foi sentir esse amor que se transformará. Me transformará. E que transformarei.
Fugir não é alternativa. Ficar também não.
Mas me tornar livre nesses 1,62m.

O meu CARPE dessa semana foi crescer mais um pouco e ainda assim me ver pequena.
Como será isso, se será possível, se vai dar certo ou se ainda voltarei aqui para condenar esse post, não sei... mas ainda não vejo outra estrada que queira trilhar.
O convite foi rasgado, mas a festa vai continuar!


CARPE XII – O contrário também bem que pode acontecer... O não que não exclui, apenas renuncia. “It´s ok if you are ok!”.

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