quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Rafaela - "Curada por Deus"

O nascimento é o milagre do presente e a esperança do futuro.

Hoje, fomos presenteados com a chegada da Rafaela.

E vendo-a ali, me veio um sentimento de extensão, de pertença, de grandeza... imagem e presença da divindade.
Hoje, as flores tiveram uma cor especial, os sons foram mais doces, o sol brilhou com uma nova força, a água veio para abençoar e as estrelas sorriram festejando essa nova chegada.

Ela veio com olhos dispostos a ver todo o precioso, abraçar todo o alegre e querendo, sem condições, amor. Assim, nos faz, de alguma forma, querer o mesmo. Dar o mesmo.

O nascimento é o primeiro milagre da vida. E para quem o presencia é uma emoção genuína que refresca a alma e alerta para as belezas da vida, deixando assim todas as mazelas de lado.

Bem vinda à nossas vidas! Linda e bela, Rafaela!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Alma

Já ouvi, não aceitei. Sonhei...

Amor de alma.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Linda Rosa - Maria Gadú

Pior que o melhor de dois
Melhor do que sofrer depois
Se é isso que me tem ao certo
A moça de sorriso aberto

Ingênua de vestido assusta
Afasta-me do ego imposto
Ouvinte claro, brilho no rosto
Abandonada por falta de gosto

Agora sei não mais reclama
Pois dores são incapazes
E pobres desses rapazes
Que tentam lhe fazer feliz

Escolha feita inconsciente
De coração não mais roubado
Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo

Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Dose

É cabível, mas não comum... não entre nós. Mas algo se partiu. Pisamos em ovos, medimos palavras, nossos olhares se cruzam apenas por instantes, e nossos sorrisos trazem seus pesares, as gargalhadas tentam resgatar a cumplicidade, mas não se sustentam. Nossos toques como choques e nossos corpos agora se repelem com medo do que foi e não é mais. Medo do que será, de onde podemos chegar... como se ainda estivéssemos na fase da primeiras impressões, nos re-conhecendo.

Mas nossas almas se pedem e sedentas, vagam. Se encontram, se acalmam. Se afastam, se abafam. Um jogo repleto de armadilhas que caímos com gozo recheado com o sabor do pecado, do errado.
Medo de estar, mas com pavor de partir. Medo de ter e perder. De não merecer.

Presos num amor nostálgico. Por milésimos vivemos essa utopia de forma tão real. Como um sonho, e dele acordamos, relutando a abrir os olhos tentamos fugir de nós para só dele viver... que vontade de você. Não sei viver sem sentir você, mesmo que só em mim.
Foi tudo tão rápido, mas numa sincronia perfeita e intensidade perturbadora.
E mesmo que passado, aquele momento nos perturba e nada se iguala.

E dessa memória nos alimentamos. Seria o hoje ou o ontem uma ilusão?
E quem vive de realidade? Dela apenas se existe, se resiste.
Mas você, você sempre estará comigo. Foi a forma de amor que aprendi, que reconheço, que me apego. Nosso amor não se explica, não se mede, não se entende apenas se sente.

Você é meu sonho e pesadelo. É ar e fobia. É vida e morte. Cicatriz na alma. “Você é meu raio de sol”.

Mesmo sem mais um só gole de você, meu corpo jamais perderá sua memória.

Desembaraço

Fui criada, não educada. Criada não para o mundo, mas para um mundo. E esse projeto falhou por uma razão: acordei do seu sonho.
Por um instante me faltou ar, afogada com tudo que me enchia para suprir o vazio causado por estar tão longe de mim, de ti, sozinha.
Me abandonei para te satisfazer, só queria te fazer feliz, acreditava que podia! Te dei minha vida, e ainda assim choravas. Fui o que quis e quando sentia seu amor, me vinha a insensatez de que o que amava não era a mim, mas uma ilusão, sua projeção. Tudo em vão. E o que me tinha? Seu mais puro amor... o melhor que entendia dele.

Ganhei a vida e dela nada me fiz. Te dei, e mesmo ela não te fez feliz.

Seguir seus passos, atender a seus chamados, ser como e melhor que você... Sua vida repetir?

Um amor mentiroso, esse ciclo vicioso, seu veneno desgostoso, sua insaciedade, árdua felicidade...

Aprendi esse amor dependente que suga a gente. O que fez de mim? O que quer comigo?

E hoje o que vivo? Um amor que suga e alimenta. Amor que vicia e liberta. Mas que não atende, não satisfaz.

Partir. Porque o que não se desamarra, se corta.