sexta-feira, 28 de maio de 2010

Just that

"Não viva os ditados dos outros porque você é poesia."

CARPE IX - Villa Country

Essa semana foi repleta de acontecimentos, de forma que eu fiquei em dúvida o que consideraria como meu CARPE... então, escolhi não o que diferente me aconteceu, mas o que de diferente eu fiz acontecer.

É incrível como tudo flui quando nos disponibilizamos para o bem, e isso não significa acontecer o que, quando ou como queremos, mas aceitarmos o que nos vem. Falando assim parece livro de auto ajuda, eu sei, e que quando tudo está bem é fácil pensar dessa maneira... mas quem nasceu primeiro, quem é mais fresquinho...?

Bom, o CARPE dessa semana foi sensacional.

Eu curto sertanejo. Não acompanho lançamentos, conheço duplas, compro cds ou baixo músicas e etc, mas eu gosto do som... Essa semana, fui numa balada que “jamais iria”, uma balada “country”, famosa pelo tamanho da casa, quantidade de ambientes, shows sertanejos, rapazes e moças de chapéis e bota, e “pura pegação”. Nada a ver comigo. Ok, quase nada a ver comigo... Então, vamos lá!!! Rs

Independente de como fosse, estávamos nos divertindo, estávamos abertas para o que e como fosse, apenas curiosas, dispostas!
E sim, é realmente tudo isso que dizem, e você escolhe o que disso quer participar... não fomos de chapéu nem bota, mas conhecemos todos os ambientes, dos mais cheios aos mais tranquilos, não dançamos fazendo os passinhos com a galera e nem de casal, mas curtimos as bandas e bebemos horrores. Muita gente bonita, isso foi impressionante. Muita gente boba, isso já estávamos acostumadas... Rimos e como rimos. Até passando raiva nós ríamos. Pessoas montadas, chapadas, sossegadas, curiosos, frequentadores, interessantes, agradáveis, cururus, pepecos, sacanas, perdidos... e nós! Rs

Enfim, descobri mais uma possibilidadade, uma opção. Expandir, ultrapassar nossas próprias barreiras, conhecer pra crer.

CARPE IX - Tudo fica bem quando se está bem.

domingo, 23 de maio de 2010

É o que é. É, não é?...hã? Ah!...É.

Me entender, me marcar, me dar sem esperar, me querer sem pretender... meu desejo é latente mas, ilusório. Adoraria corresponder, mas não é você.

Posso o que for se contigo for. Estará comigo onde quer que vá? E se contra tu for meu seguir? Estará aqui?

Decisão... que peso tem você mesmo que em vão, se a única certeza é que tudo é mutável, mas se não for nossa, isentamo-nos dos seus prazeres e dores e assim o todo perde seu valor. Apenas pré-ocupação? Valorização? Medo? Insegurança. Para isso, fé.

Arriscar e acertar, Ficar e perder, tentar e não vingar, permanecer e colher. Tudo dependerá da moeda que julgarás, mas ganho sempre haverá.

"Quando a gente acha que sabe todas as respostas, a vida muda todas as perguntas. "

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mar

Vi uma cena interessante.

Vi uma exposição de sentimentos, não idéias.

Vi uma colocação de anseios, sem explicações, sem cobrança de estar certo/errado, sem medo de julgamento, apenas assim, como se sentia, da maneira mais aberta, pura, franca, transparente e corajosa.

Foi como ver o mar pela primeira vez... Vi meu mar.

domingo, 16 de maio de 2010

Virada - Carpe VIII

Meu Carpe dessa semana foi ir à Virada Cultural em São Paulo. Não sou de ir nesses eventos públicos e nada fã de muvuca... Definitivamente seria algo diferente.
O mais legal foi que não nos programamos muito, nada era fixo ou certo, se não nossa vontade de participar. Sabíamos o que queríamos, mas sabíamos que tudo podia acontecer, e foi o que aconteceu... O único show que eu fazia questão de ir, foi o que não fomos...rs... E como nos divertimos! Rimos, vimos belezas e bizarrices, respeito e retaliação, andamos, andamos e andamos.

Conhecemos pessoas interessantes, conversamos sobre música, filosofia, teorias, trabalho, estudo, homens, mulheres, homossexualismo, conceitos e preconceitos... Tudo bem que durante grande parte disso só sentia meus pés... sim, errei na escolha do sapato...
Percebi o quanto nosso físico interfere nas nossas emoções e que realmente é nossa necessidade primária. Vi que posso ser simpática ou não, mas que geralmente sou bem humorada. Que preciso me envolver para me divertir, mas isso não significa beber até cair e nem me dividir. Que as diferenças constroem as culturas que alimentam nossa educação que rege nosso sermão.


Tem espaço para tudo e para todos, somos água e azeite.

CARPE VIII – Vivenciar é estar, experimentar, compartilhar, deixar rolar... observar.
**Apenas flashes***

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Seguindo.

Estou triste. Sabe aquele dia que tá tudo certo, nada a mais nem a menos, normal, como ontem, mas me sinto triste.

Tentando identificar o que ocorreu, o que foi que, mesmo tão sutilmente, me mudou, conclui que voltei para a “corrente Australiana”. É tão automático... E certamente não foi de ontem para hoje.

Vejo pessoas fazendo planos para mim, sem me consultar, e eu os estou cumprindo divinamente. Vejo minhas crenças mudarem, meus sonhos se afastarem, minhas dúvidas me desnortearem, tento substituir pessoas insubstituíveis, e não faço mais parte da vida de quem mais amo. Achei. E cá entre nós, não era tão sutil assim, vai...

Estou crescendo ou ficando velha? O que trago comigo? Quem está me acompanhando? Que construção fica dessa obra?

Podemos tudo que queremos? Quanto queremos? O que queremos? E mais importante, estamos mesmo dispostos a tudo pelo que queremos ou adaptamos nossas vontades para termos um pouco de tudo? Isso é o equilíbrio? Seremos mesmo plenamente felizes quando alcançarmos o que queremos ou nos tornaremos frustrados por tudo o que abdicamos nesse caminho? E quanto durará? Ilusão? Medo? Insegurança? Ou nos limitamos para nos adaptarmos a seres normais?

Decidir não é fácil. Perder não é fácil e ganhar também não.

domingo, 9 de maio de 2010

Prosear - CARPE VII

Voltar a prosear.

Aquela sensação do sangue pulsando, correndo quente, que nos traz a consciência de que estamos vivos, o olhar que atravessa tentando descobrir o que se tem de mais profundo, vontade de estar, arrepio só de se encostar, frio na espinha, quase falta ar...

Nos congelamos. Nos fechamos por já nos sentirmos completos. Sabe, quando a gente encontra o que procura, ama e se sente amado, completo, de forma que se fecha não por opção, com consciência ou obrigação, imposição, mas simplesmente por não estar em busca de mais nada, todos/tudo perde o valor nesse sentido. Você continua achando tudo lindo, todos belos, atraentes e até excitantes, mas “- Não, obrigada! Estou satisfeito.”

Pois bem... Estava satisfeita. E, depois de me restar apenas um quadro de concreto dessa experiência, lembrança essa que me fere e acaricia, difícil de me desfazer por amor, não à matéria, mas por ser a última peça real do que melhor vivi, me senti reflorescendo.

Numa boa conversa, percebi que meu conflito era desnecessário, que minha crença me iludia e por isso todo aquele duelo que eu traçava era desnecessário... Não busco alma gêmea.
Sempre desejei meus opostos. Não entendia porque, achava que era muito azar, que tinha alguma coisa errada comigo ou com essa vida, que a culpa era dos meus pais ou que alguém me lançara um belo de um karma...
Mas não... é que esses nos estimulam, desafiam, aguçam. Se não, casávamos sempre com nossos melhores amigos... não que tenha algum problema com isso, pois não há certo ou errado, mas percebi que, no meu caso, busco o oposto. Não quero ser tão parecida com meu marido ao ponto que perguntem se é meu irmão, sabe? Quero fogo, quero ardor, quero testar nosso amor. Quero que nossa busca seja ser melhor um para o outro, em nós mesmos, seja o aprendizado da convivência, da compaixão, do entendimento... o que só se consegue com muito amor.

Numa sequência de coincidências, ontem, não quis poesia. Ontem, me abri para prosa.

Olhar, sentir, pulsar, te acompanhar com o olhar, sorrir, fugir, voltar, deixar olhar, desejar, vir te procurar até te encontrar, te ver, por fim, deixar fluir, naturalmente, no curso do seu seguir. Pode vir.

Definitivamente meu CARPE da semana...

CARPE VII: aceitar, desejar, optar, conviver e amar a diferença, e assim cessar o duelo.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Demissão

Estive pensando nas minhas relações... pensando em amizade... em elos... em parcerias...

É claro que nos unimos quando nos identificamos, quando há sinergia, interesses em comum, vibrações, sintonia, identificação, e tudo isso e tal... pensei nos meus amigos, meus colegas, ex-amigos, amores, pessoas que adoraria ser amiga, àqueles a quem recorro em cada situação... o que os difere, o que os assemelha... cheguei nos meus pais, lógico.

Pensei então na relação pais e filhos... qual é a peça que transforma essa relação em união ou repudia... em troca e simples apatia... quando é que se perde, em que momento se ganha...
Pensei no caminho: os pais tem um filho (ou mais,claro)... sonham como ele será... fazem planos... sua obra de arte, seu legado. Então, querem fazer o melhor, na sua concepção, claro! Assim como foi com eles, inicia-se a montagem... e, por mais que eles queiram ser, amigos, próximos, íntimos, acabam se tornando gerentes... CHEFES de família.

Percebi, já há algum tempo, o que me aprisionava, me sufocava, me engordava... uma voz, um gesto, uma feição, um olhar que me regia, ditava meu limite, barrava minhas ações e condenava minhas vontades... Achei já ter conseguido cortar esse vínculo, mas me enganei... não se enterra o que está em nós (a não ser que estejamos juntos...rs).
Vivo, morto, ausente, presente, desaparecido, desconhecido, unido... Nossos pais sempre estarão em nós, viverão na nossa mente, como nossa consciência, nosso parâmetro, nosso senso... Essa é a programação.

Diversas vezes me peguei pensando: “Imagina se minha mãe descobre!¨ ou “Que meu pai nunca descubra”... E quando eles não conseguem me dominar, apelo para “Deus”, aquele que tudo vê, tudo pode, tudo sabe, onipresente... O PAI de todos...

Bom... Sempre eles... Mas cadê eu? É isso e pronto, paciência?

Pois bem. Depois de conseguir me encontrar, conseguir me ouvir, me ver, sentir, reconhecer... Resolvi pedir demissão. Me demiti do cargo de filha! Eles não regem mais minha orquestra, não pintam mais meu quadro, não cantam minha música, não calçam meus sapatos.
Sim, o salário era bom... nada que não merecesse, pois sempre fui uma “ótima filha”.

Se isso teve conseqüência?... a Lei de Ação e Reação não falha: hoje, tenho o cargo de amiga.
Por amor, e só com amor, hoje nos tornamos amigos. Hoje trocamos, dividimos, confidenciamos, respeitamos, ouvimos e falamos com liberdade. No pressure, no push, no fear.

Opção deles? Fácil? Simples? Acordo mútuo? Não. Essa é a minha empresa. Meu negócio, minha escolha. Sem salário, só recompensas.

O que mudou? A voz sumiu? Não, claro que não... Mas quando a ouço, peço demissão, e assim me dou outra chance, passo a ser o gerente e assim livre para fazer a minha escolha, sem ter que ser contra, sem ter que ser a favor. Simplesmente sem TER QUE, só SENDO.

E que tipo de amizade? A que der, a que vier, a que for... será sempre melhor.


terça-feira, 4 de maio de 2010

Opção

Sinto por não ser o que você quer, o que espera, o que procura, por estar tão aquém... Sou mais do que só o que te interessa, e te dou o meu melhor... Melhor que eu, só quando sou nós.

Não demore para perceber. Não se abstenha da escolha. Assim, teremos our happy end!... Por hora... rs